quarta-feira, 7 de julho de 2010

Não é possível!

Acho que ninguém consteta Al Pacino. Se tivesse feito apenas a trilogia The Godfather, já estaria absolutamente garantido entre os grandes da história do cinema.

Ninguém questiona férias também.

Peguei Scarface para ver, como parte do projeto férias clássicas... No meio do fime, mais precisamente com 1h24min33s, o DVD enroscou. Não é possível!



Pior: o filme é tão bom que eu estava disposto a terminar de assisti-lo, mesmo se o jogo entre Alemanha e Espanha começasse...

Bem... esperemos eu conseguir uma outra cópia do filme...

Nos vemos.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Ninguém descobre a pólvora

Estava ouvindo hoje a cantora Kate Nash. Há um tempo, conheci o trabalho dessa cantora inglesa, recomendada por um amigo muito sensível ao som dessas novas e promissoras mocinhas do indie rock. Seu álbum de estreia, "Made of bricks", de 2007, é muito bom!

Hoje, ouvindo um outro disco, "My best friend is you", achei, de verdade, por um bom par de horas, que estava descobrindo ali músicas que talvez a crítica não tivesse dado a devida atenção. São várias boas canções que me faziam perguntar-me por que não ainda não tinha tomado essa mulher como top of mind neste início de século. E pior: achei que fosse um disco há muito lançado e mal ouvido por aí...

Numa consulta rápida, dessas usuais, de google mesmo, veio a descoberta. Estava ouvindo o novo CD dela, recentíssimo. Seu segundo, bom, grande cd. Escutemos! Não é a pólvora definitivamente...



Nos vemos.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

PULP FICTION

Tarantino.



Não termine o filme dizendo "Perdi meu tempo...!"

Nos vemos.

domingo, 4 de julho de 2010

O GRANDE TRUQUE

Não, nem... vou precisar assistir ao filme outras duas ou três vezes. Não para buscar uma compreensão mais aprofundada, mas para que eu me torne um enganado melhor. Para que os fingimentos me caiam mais naturalmente...



Nos vemos.

sábado, 3 de julho de 2010

THIS TIME FOR AFRICA



Daqui a pouco a Copa da África vai acabar. Aí, para nós, ocidentais, esqueceremos daquele - desse... deste (?) - continente. Restarão apenas "Os cus de Judas", "Hotel Ruanda" etc.

Precisamos estar focados nessa séria questão. Isso é um grave problema que estou tentando resolver... peraí... deixa eu ver os gols da Alemanha!!!!!!!

Nos vemos.

sábado, 26 de dezembro de 2009

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Um texto quase clichê

Não consigo pensar em nada que não seja clichê para escrever. A rotina faz da gente pessoas absolutamente banais. Se eu não estivesse tão entregue a ela, talvez conseguisse escrever coisas mais interessantes. Para evitar maiores problemas, portanto, não vou escrever texto nenhum. Evito o clichê e consigo, quem sabe, até ser surpreendente.

Não.

Nos vemos.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Uma insônia que faz sonhar

Já fui pra cama meio tarde; acho que às duas. Como chegasse duas e meia e eu ainda não conseguia dormir, tomado por não sei que natureza de ansiedade, resolvi acordar - ainda que não tenha dormido.

Na sala, havia uma porção-parte de uma biblioteca que não era exatamente minha. Na verdade, os livros são de uma amiga minha, em intercâmbio em Buenos Aires neste momento.

Na tarde do dia anterior, havia visto, de relance, entre aqueles vários títulos de literatura, sociologia, política e variados - nem me perguntem sobre estes "variados" - um livro: "Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres". Naquelas alturas da madrugada, não fiz escala em nenhum lugar da casa, fui direto ao livro. Por quê? Pura curiosidade... Já estava bastante impressionado por um episódio, de um seriado da TV Cultura, cujo tema central partia do enredo do livro.



Agora ali, sem sono, completamente refém da vontade de tomar um livro, o livro, nas mãos, comecei a leitura. Não pensei sobre os compromissos do dia seguinte, hoje, nem sobre as leituras que me eram prioritárias. Mergulhei.

E tal qual a Thereza, do seriado, encantei-me pela personagem central da trama, a Lóri, do livro, e também pela Thereza, do seriado, e pelas descobertas da Lóri, do livro, pelas descobertas da Thereza, do seriado, e pelas minhas próprias sensações, de mim, da vida real, na madrugada, lendo, sem a preocupação sobre o tempo,.



Agora, revendo o episódio, do seriado, e pensando nas sensações, no momento da leitura, do livro, peguei-me completamente, de novo, encantado.

Nos vemos.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

DIÁRIO DE LEITURA II: O APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO

O ORIGINAL, A TRADUÇÃO

Neste semestre que insiste em não começar, o Prof. Dr. Eric Mitchell, do departamento de teoria literária da UNICAMP, dedicará um tempo do curso que oferecerá para estudar a obra de Salinger.

Veja a ementa do curso:

TL509-A - Tópico em Literatura em Língua Inglesa
Teoria Literária - Diurno - 2o semestre de 2009

Descrição: Ao longo do semestre, pretendo examinar obras lidas principalmente por adolescentes americanos do sexo masculino na segunda metade do século 20.

NOTA BENE: A carga de leitura é alta, mas não será difícil se sua leitura em língua inglesa for fluente: um livro a cada duas semanas. A avaliação depende do ensaio que o aluno escreverá sobre cada obra. É vedada a leitura de traduções, que será vista como equivalente a uma cola. (Aliás, é interessante que os alunos que pretendem matricular-se na disciplina comecem a ler os romances durante as férias.)

Programa:

07 de agosto: Introdução

14 e 21 de agosto: Catcher in the Rye


A tradução que tenho em mãos veio a público em 1963, e de responsabilidade de três ex-diplomatas: Álvaro Alencar, Antônio ROcha e Jório Dauster. O professor Eric, contudo, não ficaria nada feliz em saber do meu livro. Tudo bem... não farei este curso. Mas fica o alerta: o mais cedo possível, deveria procurar pelo The catcher in the rye até para comparar com o meu O apanhador...

Nos vemos.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

DIÁRIO DE LEITURA II - O APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO

BUSCA PELO LIVRO

Nem me cansei procurando o livro nas livrarias. Estava decidido a ler o exemplar de algum sebo ou, na pior das hipóteses, iria emprestá-lo em alguma biblioteca pública...

Começamos a busca – minha mãe e eu - em Santo André. Um, dois, três... nada... no sebo em que sempre acho meus livros, encontrei apenas o registro de um Salinger no sistema. No entanto, as atendentes não encontraram o livro. Outro sebo, na avenida Perimetral... decepção. Passei em frente a uma Saraiva, no comércio popular da cidade. Entrei para ver apenas o preço. Caso estivesse acessível... desisti. Lembrei um outro sebo, ali nas proximidades das ruas do centro. Perdi tempo.

Segui para São Bernardo. Lá eu não conhecia muitos sebos, mas precisava apenas de um que contivesse aquilo que eu queria. Num sábado à tarde, isso não deveria ser um Santo Graal...

Primeiro, segundo, terceiro... não estou com sorte. E o que mais me incomodava, apesar de eu saber que era uma casmurrice minha, era que os atendentes pareciam nem ligar para as minhas aflições.

- (...) O apanhador no campo de centeio?
- Não tem.
- Nenhum? – como ele sabe se nem levantou para procurar, consultar no sistema etc.
- Não.
- Obrigado...

Na última loja, já perto das quatro da tarde, entrei, perguntando pelo livro sem um pingo de esperança.

- Olá, boa tarde. Estou procurando por um livro... – não, não, não era um livro... ali no sebo deveria ser bisteca de porco ou tamiflu - O apanhador no campo de centeio?

O senhor atendente foi o mais prestativo possível. Mas eu já estava irritado e comecei a achar até a simpatia dele meio desnecessária.

- Só um momento, por favor...

Um minuto, dois, três, quatro...

- Hum...

Cinco, seis... É não tem.

- Temos. Não aqui. Na minha outra loja, tenho quase certeza que o senhor vai achar. Ela já fechou, mas fique com o nosso cartãozinho e, na segunda-feira, bem cedinho, dá uma ligadinha pra gente.

Clarozinho!

- Claro! – que saco! Na segunda? E até lá eu faço o quê? Vejo Faustão? – Ligo sim! Já pode até deixar reservado...
- 90% de que temos o livro – 10% completamente alinhados com a lei de Murphy de que não tem...
- Tudo bem então... muito obrigado! – este agradecimento foi completamente sincero, afinal, o senhor se esforçou bastante para achar o meu livro.

Na segunda, liguei. Eles de fato tinham. E, para começar bem a semana, a outra loja a qual o senhor se referiu, e onde eu deveria ir buscar o livro, eu já havia visitado no sábado...



Hora de começar a leitura!

OBS: Para aquele que não querem se entregar a cruzadas tão incertas...:



http://www.4shared.com/

Nos vemos.

terça-feira, 14 de julho de 2009

domingo, 12 de julho de 2009

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Literatura policial nas férias

Talvez eu tenha sido um tanto simplista no título do post. Não se trata apenas de literatura policial, mas sim de a literatura policial. Terminei há pouco a leitura de O cão dos Baskerville, de Conan Doyle. Não posso esconder algumas frustrações quanto ao ritmo da narrativa, mas em geral, fazendo um balanço dos aspectos negativos e dos positivos, minha conclusão é de que se trata de um texto muitíssimo bom, eficiente no gênero e nas expectativas no qual se origina!

Vejam esse trecho:

Havia um patear fraco, vivo e contínuo vindo de alguma parte no
âmago da barreira que se arrastava. A nuvem estava a quarenta metros de
onde estávamos, e nós olhamos fixamente para ela, todos três, incertos do
horror que estava prestes a irromper do meio dela. Eu estava junto ao
cotovelo de Holmes, e olhei por um instante para o seu rosto. Ele estava
pálido e exultante, com os olhos brilhando vivamente ao luar. Mas de
repente eles se fixaram em frente num olhar rígido e fixo, e seus lábios
partiram-se, estupefatos. No mesmo instante Lestrade soltou um grito de
terror e lançou-se de bruços no chão. Eu saltei de pé, com minha mão
inerte agarrada à pistola, minha mente paralisada pela aparição horrível que
havia saltado sobre nós das sombras da cerração. Era um cão, um cão
enorme, negro como o carvão, mas não um cão que olhos mortais jamais
tivessem visto. Jorrava fogo de sua boca, seus olhos brilhavam, seu
focinho, pêlos do pescoço e papada estavam delineados em chamas
bruxuleantes. Nunca no sonho delirante de um cérebro em desordem podia
ser concebido nada mais selvagem, mais aterrador, mais infernal do que o
vulto escuro e a aparência selvagem que irrompeu sobre nós do muro de
cerração.


Não esqueçamos também do filme de Sherlock Holmes, previsto para estrear em janeiro do próximo ano Brasil!

http://www.youtube.com/watch?v=QUQbmFAE5WI

Nos vemos.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

A sensibilidade dos capitães



Terminei minha segunda leitura de Jorge Amado. O saldo final é positivo. O escritor consegue colorir com bastante sensibilidade a vida dos meninos de rua da Bahia - com toda certeza, não só da Bahia. Acho que alguns dos juízos críticos que fazem a respeito de sua obra hiperbolizam os defeitos da narrativa - a oralidade como desculpa para o descuido gramatical, como afirma Bosi, por exemplo -, colocando em segundo, terceiro, quarto planos os aspectos positivos da leitura do escritor baiano.

Leiam um trechinho do livro "Capitães da areia":

Volta Seca e o Sem-Pernas nunca haviam acolhido uma com tanto entusiasmo. Eles muitas vezes já tinham visto um carrossel mas quase sempre ouviam de longe, cercado de mistério, cavalgadas seus rápidos ginetes por meninos ricos e choraminguentos. O Se Pernas já tinha mesmo certo dia em que penetrou num Parque de Diversões armado no Passeio Público chegado a comprar entrada para um, mas o guarda o expulsou do recinto porque ele estava vestido de farrapos. Depois o bilheteiro não quis lhe devolver o bilhete da entrada, o que fez com que o Sem-Pernas metesse as mãos na gaveta da bilheteria, que estava aberta, abafasse o troco, e tivesse que desaparecer do Passeio Público de uma maneira muito rápida, enquanto em todo o Parque se ouviam os gritos de: Ladrão!, ladrão! Houve uma tremenda confusão, enquanto o Sem-Pernas descia muito calmamente a Gamboa de Cima, levando nos bolsos pelo menos cinco vezes o que tinha pago pela entrada. Mas o Sem-Pernas preferiria, sem dúvida, ter rodado no carrossel, montado naquele fantástico cavalo de cabeça de dragão, que era sem dúvida a coisa mais estranha e tentadora na maravilha que era o carrossel para os seus olhos. Criou ainda mais ódio aos guardas e maior amor aos carrosséis distantes. E agora, de repente, vinha um homem que pagava cerveja e fazia o milagre de o chamar para viver uns dias junto a um verdadeiro carrossel, movendo com ele, montando nos seus cavalos, vendo de perto rodarem as luzes de todas as cores. E para o Sem-Pernas, Nhozinho França não era o bêbado que estava em sua frente na pobre mesa da Porta do Mar. Para seus olhos era um ser extraordinário, algo como Deus, para quem rezava Pirulito, algo como Xangô, que era o santo de João Grande e do Querido-de-Deus. Porque nem o padre José Pedro e nem mesmo a mãe-de-santo Don’Aninha seriam capazes de realizar aquele milagre. Nas noites da Bahia, numa praça de Itapagipe, as luzes do carrossel girariam loucamente movimentadas pelo Sem-Pernas.Era como num
sonho, sonho muito diverso dos que o Sem-Pernas costumava ter nas suas noites angustiosas. E pela primeira vez seus olhos sentiram-se úmidos de lágrimas que não eram causadas pela dor ou pela raiva. E seus olhos úmidos miravam Nhozinho França como a um ídolo. Por ele até a garganta de um homem o Sem-Pernas abriria com a navalha que traz entre a calça e o velho colete preto que lhe serve de paletó.


Nessa narrativa, os meninos de rua apelidados de Capitães da areia, ganham a oportunidade de trabalhar por alguns poucos dias para o funcionamento de um velho carrossel. Volta Seca e Sem-Pernas desfazem-se de sua auto-proteção contra o mundo real para se entregarem às fantasias e hipnotismos suscitados pelas voltas do carrossel e seu conjunto de luzes. Trata-se da releitura do mundo em que vivem e, embora esta releitura se dê sob parâmetros da vida miserável que levam, há espaço para manifestação de uma sensibilidade em latência.

Não devemos cair nos reducionismos que o próprio narrador da história sugere, dizendo que os capitães são meninos com vida de homens feitos; existe no texto uma atmosfera para a própria contestação da sensibilidade humana, na sua forma universal.

Ainda tenho algumas questões mal resolvidas sobre a leitura, mas acho que posso saná-las em outros espaços, deixando vocês à vontade para uma navegação mais tranquila... para aqueles que se animarem, boa leitura!

Nos vemos.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Dos políticos



Neste lugar será erguido - escrito, na verdade - um post sobre "Minority Report" em menos de uma semana!

Nos vemos

quarta-feira, 6 de maio de 2009

O filme do banal:

... e eles terminaram felizes para sempre!

O mundo real ideal:

- Eu consigo te ouvir!
- Eu consigo te ouvir também!

Nos vemos.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Quando o humano já não é mais suficiente...



[http://www.nextplan.com.br/page_1178288337765.html - não havia o crédito da foto]

Não sei se nós, seres humanos, somos de fato suficientes para nós mesmos. Quer dizer, nada que a ficção científica já tenho tratado, mas justamente por isso fico me perguntando algumas questões:

1. O quanto de humano há em mim?

2. O quanto precisaria haver para que eu me sentisse plenamente satisfeito com a minha condição?

3. É possível a existência de formas de consciência mais humanas do que a nossa?

Há semanas não consigo me livrar dessas questões. Tenho tetando dividi-las com outras pessoas, mas algumas delas - das questões e das pessoas - me trazem outras questões similares.

Para este universo virtual, segue um fragmento de um conto de Lester del Rey, publicado em 1944. Nele encontramos o que para ou autor seria a primeira centelha humana na fala de um robô: a capacidade de sonhar.

Se por um lado é bonito constatar o que hoje já podemos fazer sem dificuldades, é triste saber que essa capacidade - quer dizer, a ausência dela - pode ser o nosso desaparecimento e, consequentemente, o estabelecimento de uma nova raça que também consiga tornar concreto o que apenas são imagens oníricas.

Dois pontos

(...)

- Aqui podia ter existido uma cidade, mestre, comparável a todas que foram planejadas até hoje. E as pessoas que acompanharam o senhor, nela encontrariam tudo o que seria preciso para passar bem a vida, um porto para outros continentes, um rio para o interior deste aqui, e o terreiro ao lado de lá dos morros para servir de base aos foguetes que se lançariam a explorar novos mundos, disseminados com tanta largueza em torno deste sol e provavelmente parecidos com este. Imagine uma ponte imaculadamente branca ali naquela altura do rio, as residências se estendendo entre os morros, fábricas do lado de lá da curva, um grande parque naquela ilha.

- Uma praça pública ali adiante, colégios e universidades agrupados por perto – Jorgen conseguiu imaginar tudo e por um instante seus olhos se iluminaram, visualizando a magnífica cidade pioneira.

(...)

[Rey, Lester del. Mesmo que os sonhadores morram.]


Nos vemos.

domingo, 26 de abril de 2009



Refugo de posts (do Blog da Cultura):

A subversão do gênero!

http://planetadisney.blogspot.com/2009/03/princesas-disney-ganham-visual-de.html

domingo, 19 de abril de 2009

"Amigos secretos"

A impressão que se tem quando chegamos ao fim da leitura do livro de Ana Maria Machado é de que fizemos parte de uma grande homenagem aos grandes deuses da universalidade humana. Não que seus personagens sejam de fato deuses, ou que nós sejamos os autores de livro. As palavras da Ana, contudo, conseguem redesenhar com uma sensibilidade tocante pessoas maravilhosas, como Emília, Tom Sawer, Dom Quixote e outros.

Seu livro também me parece um grande portal para universos infindáveis, aos quais temos livre acesso e trânsito!

Crédito também para as ilustrações de Laurent Cardon por não se furtar da tarefa de compor um pouco mais de sentido com Ana Maria Machado!

Livrasso!

Nos vemos.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Manual de sobrevivência

1. Pare tudo o que você faz; nada é mais prioritário do que isso.

2. Lave as mãos;

3. Esteja com os olhos bem abertos;

4. Concentre-se;

(momento final:)

5. Abra e leia um livro!

Nos vemos.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Intervalo (teórico)

Estou começando a entender o que é a Teoria. Ela é um ser, uma sensação, um bichão que, de repente, pega! Morde, rasga, submete... a Teoria evidencia a minha burrice; cobre o meu corpo de lama, enquanto ela desagua em sais de banho. A Teoria entende daquilo que eu mais gosto - mais do que eu!

A Teoria - a intocada - me mantem vivo, pensante. Ela não me humilha, me agrada. Trata-me bem; indica meus caminhos, limpa minhas vias...

Vou desligar o computador para admirá-la, enquanto ela me bate!

Nos vemos.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

DIÁRIO DE LEITURA IIO APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO

O LIVRO

Este livro sempre me intrigou... No meu 2º colegial, quando o Orkut já era uma espécie de órgão virtual que definia se uma pessoa era ou não, entrei no profile – porque antes era assim que se falava - daquele que pra mim era um dos intelectuais da sala: Guilherme Monteiro. Por que ele era o intelectual? Ora... toda semana via um livro diferente na carteira dele quando saia para o intervalo. Se ele lia ou não, isso era outra história... O fato é que a simples presença de livros diferentes em curtos espaços de tempo já impressionavam a minha inexperiência como leitor de qualquer coisa.

Na seção livros, constava uma infinidade de nomes... mais uma evidência de que ele realmente já era um intelectual... se eu fosse escrever algo nessa seção, certamente seriam três ou quatro nome de livros, incluindo aí talvez os Harry Potter ou Senhor dos Anéis. O Gui não... ele colocava nome de escritores, e com isso eu já pressupunha não a leitura de um livro, mas de vários, uma vez que cada nome representava pra mim um universo que eu estava ainda muito longe de explorar...

Shakespeare, Nietzsche, Clarice, Drummond, Cervantes, Dante, Maquiavel, fulano, ciclano etc.

Entre todos esses nomes, em primeiro lugar, na frente dos escritores que eu conhecia e também dos que eu desconhecia, figurava um, inédito, enigmático: J.D. SALINGER. Seu livro? O apanhador no campo de centeio...

Parado, em frente à tela do computador, ainda sem a Wikipédia, fiquei ali... imaginando nos sete ou oito segundos as imagens que esse título evocavam.

Uma noite já bem estabelecida, duas ou três da manhã, brilhava imponente uma lua cheiíssima. Tratava-se de uma clareira, no meio de uma floresta de mato alto. A luz do satélite refletia nas águas de uma lagoa razoável... feito um cenário de filme...

Terminavam aí as imagens que o título me provocavam. Anos após esse dia, ainda sem a leitura do Salinger, encontro-me aqui, agora de novo em frente ao computador, mas com O apanhador... do lado, esperando ansioso pela minha leitura...
DIÁRIO DE LEITURA IIO APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO

O LIVRO



Este livro sempre me intrigou... No meu 2º colegial, quando o Orkut já era uma espécie de órgão virtual que definia se uma pessoa era ou não, entrei no profile – porque antes era assim que se falava - daquele que pra mim era um dos intelectuais da sala: Guilherme Monteiro. Por que ele era o intelectual? Ora... toda semana via um livro diferente na carteira dele quando saia para o intervalo. Se ele lia ou não, isso era outra história... O fato é que a simples presença de livros diferentes em curtos espaços de tempo já impressionavam a minha inexperiência como leitor de qualquer coisa.

Na seção livros, constava uma infinidade de nomes... mais uma evidência de que ele realmente já era um intelectual... se eu fosse escrever algo nessa seção, certamente seriam três ou quatro nome de livros, incluindo aí talvez os Harry Potter ou Senhor dos Anéis. O Gui não... ele colocava nome de escritores, e com isso eu já pressupunha não a leitura de um livro, mas de vários, uma vez que cada nome representava pra mim um universo que eu estava ainda muito longe de explorar...

Shakespeare, Nietzsche, Clarice, Drummond, Cervantes, Dante, Maquiavel, fulano, ciclano etc.

Entre todos esses nomes, em primeiro lugar, na frente dos escritores que eu conhecia e também dos que eu desconhecia, figurava um, inédito, enigmático: J.D. SALINGER. Seu livro? O apanhador no campo de centeio...

Parado, em frente à tela do computador, ainda sem a Wikipédia, fiquei ali... imaginando nos sete ou oito segundos as imagens que esse título evocavam.

Uma noite já bem estabelecida, duas ou três da manhã, brilhava imponente uma lua cheiíssima. Tratava-se de uma clareira, no meio de uma floresta de mato alto. A luz do satélite refletia nas águas de uma lagoa razoável... feito um cenário de filme...

Terminavam aí as imagens que o título me provocavam. Anos após esse dia, ainda sem a leitura do Salinger, encontro-me aqui, agora de novo em frente ao computador, mas com O apanhador... ao lado, esperando ansioso pela minha leitura...

sábado, 4 de abril de 2009

Colomba Pascal não é panetone!

Não adianta. Os postos Ipiranga há dois Natais ofertam a seus clientes panetones Bauduco, no abastecimento acima de 20,00. Este ano, por conta de algum marketeiro irracional, enquadraram a colomba pascal no mesmo tipo de promoção.

Gostaria de deixar claro que isto é resultado de uma mente desarticulada que não tem capacidade de estabeler critérios minimamente razoáveis para a organização do mundo em categorias.

Panetone não pode ser comparável a nenhum outro gênero alimentício, sobretudo àqueles que tentam se passar acintosamente por ele.

Talvez se os postos Ipiranga quisessem criar uma promoção semelhante a que se faz nos tempos natalinos, o ideal mesmo fosse a disponibilização para seus clientes de um cristal da sabedoria suprema.

Francamente....

Nos vemos.

quinta-feira, 26 de março de 2009

...

ka 15 all pa ka no pa lu le ex sub hi fa th ev op in th bo
lçjnfjndojkgkndkngjndfgljkglknglkngklngdfklnkngfkgnfkgnnfk




22.03.09, Chácara Jockei, São Paulo.




...


...

...

PS: Por uma questão de coerência, não encerrarei mais os textos com "felicidades eternas e, nos vemos". Não é mais isso que desejo para ninguém. Agora acho que a "felicidade eterna" pode ser algo bem chato...

Nos vemos.

domingo, 15 de março de 2009

Por ocasião

Por ocasião da minissérie Capitu, a rede Glogo lanço um projeto chamado Mil Casmurros. Trata-se da leitura, na íntegra, da belíssima obra de Machado por conhecidíssimos e desconhecidos.

Se você possuir uma boa conexão, e quiser dividir com outras pessoas a sua leitura silenciosa, vá em frente:

http://www.milcasmurros.com.br/

Felicidades eternas e, nos vemos.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Sobre (a impossibilidade crônica de) o amor e o transporte

Escala municipal
Eu voltava de ônibus B51; ela, de B21.

Escala estadual
Eu voltava de viação Cristália; ela, de fênix.

Escala federal
Eu não fui pra voltar; ela não ficou sem ir.

Felicidades eternas e, nos vemos.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

ainda sobre Fortaleza Digital

Wikipedia (informações)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dan_Brown

Desciclopedia (para algumas risadas)
http://desciclo.pedia.ws/wiki/Dan_Brown

Orkut (para algumas discussões)
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=819222

Felicidades eternas e, nos vemos.
[finalizando a leitura de Fortaleza]

37.) HUm... Strathmore matou Greg Hale e Phil CHartrukian. Crime confessado nos capítulos 102 1 103.

Os conflitos do livro surgem a partir de ícones da tecnologia! Transltr, pager etc.

38.) Que romântico... Susan conseguiu escapar das chamas da criptografia porque a senha do elevador era o seu nome... capítulo 107!

39.) ...

40.) Fim da leitura de Fortaleza! Dia 24, 12h04min

Sistema de segurança ativado. Transltr a salvo. As últimas páginas imprimem um ritmo de leitura mais acelerado. Os enigmas se sucedem, as respostas faltam... até que no último segundo...

Fortaleza Digital é um retrato muito preciso da literatura que frequenta as listas dos mais vendidos. Se não fosse o trabalho teria terminado sua leitura em horas.

Um bom entretenimento!

Felicidades eternas e, nos vemos.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

[pausa na leitura do Fortaleza]

O melhor carnaval da minha vida
Angelica Lopes

O melhor carnaval da minha vida foi um ano que nós, eu, meu marido, meus filhos e meus irmãos passamos na praia. Foi muito gostoso porque o meu marido e o meu filho mais velho, o Ricardo, levaram a gente para o apartamento e retornaram para trabalhar. E o mais gostoso de tudo isso foi que eles iriam retornar no domingo. Nós, que estávamos lá, acordamos no domingo e já começamos a pensar no almoço para eles, que iriam chegar. Quando eles chegavam, era uma festa no apartamento. Nós almoçávamos todos juntos e íamos passear no calçadão. Fooi um carnaval muito bom!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

23.) A primeira personagem que me chama, de fato, a atenção é Midge Milken. Seu perfil e suas atitudes no caso da suposta sabotagem do transltr dão mostras de uma personagem muito melhor acabada.

24.) A descrição da boate punk, no capítulo 52, desanimam um pouco a minha juventude. Esperava um retrato mais interessante dos nossos "guetos"!

25.) Assassinato no capítulo 54!

26.) Assassinato no capítulo 60! "Meia-a-meio" virou menos que um inteiro...

27.) Capítulo 62: Strathmore perdeu o autocontrole (junto ou separado?)! Ele acha que vai conseguir resolver a situação sozinho? Prender Hale, apagar todos os arquivos do sistema que denunciem a existência do "fortaleza digital" e ainda trazer Becker vivo da Espanha?

Mais uma coisa: por que ele quer preservar a possibilidade de uso do "fortaleza"?

28.) Capítulo 69: A garota punk me pareceu um poço de sensibilidade!

29.) No capítulo 72, o narrador revela que ainda há assuntos que só Strathmoe sabe! Quando essa história vai apontar para o fim?

30.) O diretor da NSA, Leland Fontaine, só é apresentado e descrito no capítulo 74, 187 páginas depois do início da história. Não me espanta que a empresa esteja à beira de uma crise sem precedentes...

31.) Pela 1ª vez na narrativa começo a temer pelacredibilidade da palavra de Strathmore.

32.) Está revelado! Capítulo 75! Os planos de Strathmore estão revelados!

33.) Novos elementos são inseridos na história a todo momento. No capítulo 77, descobrimos que o vice-presidente da NSA tem uma outra fonte na Espanha, além do pobre professor David Becker...

34.) Situação delicadíssima no capítulo 80: Susan Fletcher está sob a mira de Greg Hale, o maníaco nerd da criptografia!

35.) Assassinato no capítulo 81 e batalha corporal!

36.) Strathmore é muito maquiavélico: "- O truque mais velho do mundo. Simulei aquela ligação".

Vou simular uma ligação também: "-Alô! Por favor... comida pronta pra sempre na minha frente materializada em todos os horários das minhas refeições? Obrigado!" "Acho que o almoço já não deu certo..." "Droga!"

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

22.) ... Capítulo 34. Em certa passagem, o narrador do livro para [sem o acento diferencial, como sugere a quase futura-obsoleta-moderna reforma ortográfica] a história para comentar a origem do termo bug (lembra do bug do milênio? então...). Não sei, contudo, se é um bom lugar... parece uma descarga de cultura inútil, tipo Programa Sensação do Sílvio Santos. Há várias intervenções desse tipo!

23.) A prostituta e o alemão entregaram o anel a uma Punk? Quebra das expectativas do leitor, ou melhor, quebra das minhas expectativas...

24.) Um procedimento muito comum nas narrativas policiais é uma espécie de pausa no enredo para organização de uma série de perguntas sobre os mistérios da história. Dois lados: o leitor consegue manter a mente organizada em relação aos muitos acontecimentos; ele, no entanto, torna-se praticamente uma marionete nas mão do autor, uma vez que ele consegue orientar a leitura exatamente da forma como deseja.

25.)... Noss... revelação bombástica no capítulo 36... e morte no 39. Não vou nem falar quem foi que matou quem...

26.) Aparentemente temos delineado, ao fim do capítulo 42, bem e mal. Essa narrativa não parece exibir complexidade acima dos maniqueísmos já consagrado pelo discurso policial!
20.) Os psicopatas em potencial são muito interessantes do ponto de vista literário. São personagens estratégicas para o autor, uma que vez que pode concentrar neles toda reviravolta de uma história. Em Dan Brown, Greg Hale assume esse papel. Estamos no capítulo 31 e até Shakespeare ele já citou! Imagine o que está por vir: ele mata Becker e Fletcher e vira o protagonista da história! Não... tô viajando agora...

21.) Você sabe negociar? Becker com toda certeza não sabe... mas eu não o recrimino. Ele estava fazendo o seu melhor, quando entrou à força no quarto de hotel onde Rocío e o alemão dela estavam, no capítulo 32...

domingo, 15 de fevereiro de 2009

16.) As investigações continuam no desenrolar da trama. Somos, agora - capítulo 23 -, David Becker, andando pelas ruas da Espanha, à procura do canadense que presenciou os últimos momentos de Ensei Tankado. NO hospital onde o canadense foi recebido, descobrimos que quem ficou com o anel do japonês foi um alemão. O enredo está ficando cada vez mais globalizado!

17.) Outro ponto bastante interessante de Fortaleza Digital é a mistura entre o cotidiano empresarial com o mundo político. Não é do nosso cotidiano, mas essas realidades estão profundamente conectadas!

18.) Pierre Cloucharde foi assassinado! Confesso ter ficado com um certo medo agora...! (cap.25, p.93)

19.) Nossa... um assassino profissional está seguindo Becker!
12.) Ao final do capítulo 7, o livro chega num ponto de extrema tensão! A morte de Ensei Tankado, entretanto, jáhavia acontecido no prólogo.

13.) Questão ética: é justo que uma empresa de inteligência consiga ter acesso ao conteúdo de todas mensagens eletrônicas que transitam na internet diariamente?

14.) As pistas para resolução do mistério instaurado na narrativa são fornecidas gradualmente para que o leitor consiga compor uma linha de raciocínio.

15.) Outro elemento de grande impacto para venda de livros: um problema que afeta o rumo do país - no caso, dos EUA.
7.) "CODIFICAÇÃO POR CHAVE PÚBLICA" - acho que não aprendi isso no meu curso de Word...

8.) O enredo só é retomado no capítulo 5...

9.) "O ruído difuso dos geradores seis andares abaixo parecia estranhamente ameaçador naquele dia. Susan não gostava de ficar na Criptografia fora do horário de trabalho. Era como estar trancada em uma cela com uma gigantesca besta futurística". A sensação de Fletcher é parecida com a minha quando ligo minha impressora!

10.) Capítulo 5: princípio de Bergofsky? Será que o Leandro sabe o que é isso?

11.) Capítulo 5: Ensei Tankado, o japa do 1º capítulo, volta a aparecer como o cara que tornou o computador mais avançado do mundo obsoleto!
3.) Após um início pontuado de mistérios, um capítulo 3 de esclarecimentos. Passamos a conhcer um pouco da história de Susan Fletcher e do humor do narrador da história (3ª pessoa). O título do livro parece ser justificado também; mas para dar certeza a essa afimração talvez tenhamos que esperar por mais alguns capítulos...

4.) P.21: o interesse desenfreado de Becker pelo trabalho de Susan o coloca como meu 1º suspeito, em caso de crime! Como se fosse uma suspeita preventiva. Talvez seja ele o culpado pela morte do japonês lá no prólogo do livro!

5.) O "quadrado perfeito" de Júlio César... Dan Brown e suas referências aos bastidores da História! Assim que me encontrar com um professor de História, preciso fazer algumas atualizações sobre Júlio César. Talvez eu resolva os mistérios do livro antes mesmo do autor!!!! Hahahaha...

6.) Livro interativo! A mensagem de amor de Susan para Becker - "ENH ANL SDQ SD BNMGDBHCN" - instiga a participação ativa do leitor na leitura do livro! Vou criar uma mensagem criptografada também:

OZMDSNMD D LTHSN FNRSNRN
1.) Uma morte! Primeira página do livro! No prólogo... acho que as coisas irão esquentar!

2.) Obstáculos para o casal apaixonado: Susan Fletcher e David Becker decididamente não podem ficar juntos na página 12! O autor cuidou bem disso! Mandou ele para uma viagem misteriosa, para qual ele vai de jato particular; e ela para uma emergência no trabalho - detalhe: ela trabalha num departamente de criptografia!
Fortaleza Digital!

Capítulo 1


Começo a leitura neste exato momento: 11h57min, do dia 15.02! Se eu seguir o padrão, devo terminá-la bem rápido, entre hoje e quatta-feira...

Vamos lá!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

De "Benjamin Button" a pocket show Mallu Magalhães

Dois minutos de solidão curiosa

Amor, a saída é pra lá...

Alguém te falou que esse filme era uma bosta?

Você se lembra de um livro ou um filme que se chama Verônica decide morrer?

Eu quero um número cinco...

Não aguento mais!

Ai gente... eu não acredito nisso... eu não vou fazer nada! Eu vou embora!

Cê tá só? Posso pegar sua cadeira?

E essa é a história dela, mas quem conta a história é a morte...!

Mano, essa filha da puta...

Nossa... como você tá charmosa!

A: Fala pra ela autografar para "carolina".
B: R$ 10,00 no mercado negro!
A e B: Hahaha...

Felicidades eternas e, nos vemos.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

1º Dia de Aula, 1º Colegial

Professor: Oi, meu nome é ... Sou professor de literatura. Bom... Nossa primeira lição! Gostaria de ensinar pra vocês... o que é Arte!

Aluno: Até logo, tenho um show pra fazer! Ah... as pessoas me conhecem como o Rei do Rock, mas pode me chamar pelo nome: Elvis Presley!

Felicidades eternas e, nos vemos.

sábado, 31 de janeiro de 2009

INICIAR

As duas (ironia) únicas formas do ser

1.) INICIAR - TODOS OS PROGRAMAS - ACESSÓRIOS - FERRAMENTAS DO SISTEMA - DESFRAGMENTADOR DE DISCO.

2.) INICIAR - JOGOS - PACIÊNCIA.

*O autor não concorda com o as idéias do texto que escreveu.

Portanto ele vai reescrever.

As duas formas do ser: perspectivas (ironia)

1.) INICIAR - TODOS OS PROGRAMAS - ACESSÓRIOS - FERRAMENTAS DO SISTEMA - FRAGMENTADOR DE DISCO!

2.) INICIAR - DESLIGAR!

Felicidades eternas e, nos vemos.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Rotina: parte 3

Fim de férias. Este é o ano ou este é um ano?

Felicidades eternas e, nos vemos.
Melhor show de 2008

Para mim, o eleito é o Luau MTV Nando Reis! Tive a oportunidade de me despedir da turnê nos 455 anos do aniversário de São Paulo. Em tarde nublada, o ex-Titãs e os Infernais mandaram os clássicos e uma música do novo cd.

A impressão que tenho é que as pessoas não esperam por um bom show, quando ainda modestamente Nando Reis levanta seus braços para o alto, no início da apresentação. A cada música, contudo, a vontade de vibrar aumenta, com a entrega do cantor ao seu ofício: cantar.

Esperemos, agora, por Little Joy, Vanguart, Los Hermanos (!), Radiohead (!!)e o que as possibilidades alcançarem...

Felicidades eternas e, nos vemos.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Prefiro o transporte público

Dia 20 - Campinas/Valinhos - de carro: 25min.

Dia 21 - Valinhos/Campinas - de ônibus: 2h40min.

Felicidades eternas e, nos vemos.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

sábado, 10 de janeiro de 2009

Vamos abrir as portas da esperança

Meu tio mandou uma carta para o Silvio Santos, pedindo uma camâra. Foi atendido. Em certo domingo, lá estava ele encontrando seu sonho no momento em que "a porta da esperança" se abria.

Hoje, numa tacada só, vi uma retrospectiva desses mais de dez anos de gravações, feitas com aquela mesma câmara. E...

Vou encerrar o texto aqui, pois o que viria depois dessa introdução certamente seria um discurso muito próximo da auto-ajuda.

Felicidades eternas e, nos vemos.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

O ano em que meu pai saiu de férias

Vamos terminar logo com isso! Calma... Melhor não desesperar. Está quase no fim, e essa sensação vai melhorar com o tempo. Não vai!Você nunca passou por isso. Deve ser muito fácil falar que vai melhorar... Você está sendo dramático demais! Todo mundo uma hora ou outra passa por isso. E estão todos aí... Hum... agora tá doendo muito! [sai uma lágrima dos olhos de Alexandre] Faz o seguinte: pra acabar com isso de uma vez, vai trocar esse sapato. Não tem condições de você ir pra festa de ano novo, chorando de dor por causa de um sapato velho! Putz... mas amanhã mesmo vamos comprar um novo!

Felicidades eternas e, nos vemos.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Novo post!

Tinha a intenção de escrever um bom texto sobre a minissérie da Globo, Capitu. Na pesquisa de dados, porém, deparei-me com um bom texto já escrito. Furto-me, pois, da tarefa, com a consciência ciente de que os ex futuros leitores desse texto estarão bem amparados de autor!

http://gauche-nunca.blogspot.com/

Boa leitura!

Felicidades eternas e, nos vemos.

ps: pesquisarei bastante para um próximo tema... eu acho.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Rotina: parte 1

Férias

Música. Cinema. Literatura.

Quase morro de tédio...

Felicidades eternas e, nos vemos.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Não é possível...

Duas horas de caminhada. Andei de Santo André até São Bernardo para caminhar esportivamente num parque urbano da cidade. Três voltas pareceram-me precisas. Sobrou a volta. Inicio a caminhada. No farol, em frente ao parque, vejo meu primo de carro. Perfeito. Já havia andado o suficiente mesmo. Carona até a esquina de casa. Quando desço do carro, meu chinelo mergulha no asfalto. Desequilibro-me. Heroicamente, mantenho-me de pé. Mas meu pé, o esquerdo, apóia-se exatamente na ponta de um pedra pontuda. Fui perfurado.

Melhor não caminhar mais!

Felicidades eternas e, nos vemos.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Feliz Natal!

Putz...puta ano, não é, seu José?
Nossa... nem me fale.
Muita coisa, né...
E não é?
Agora só no próximo!!!
Tudo de novo...
HAHAHAHA..

Bom Natal, boas festas e bom ano novo pro senhor e pra sua família...
Pra você também, meu anjo!!!!

Vem amanhã?
Venho. E o senhor?
Tamo ae!

Então até amanhã!!!
Bom descanso!

Felicidades eternas e, nos vemos.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Play, Stop

Play.

(cinco minutos depois...)

Stop.
Play.

(cinco minutos depois...)

Stop.
Play.

(Cinco minutos depois...)

Stop.

Gostei da introdução da música!!!

Play.

Felicidades eternas e, nos vemos.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Dualismos: Faça as tuas opções nas minhas escolhas

(Não) Quero acordar cedo.
(Não) Quero pagar o aluguel.
(Não) Quero estudar muito.
(Não) Quero assistir (às) olimpíadas.
(Não) Quero acentuar ox(í)tonas, parax(í)tonas, propa(í)roxitonas e monoss(í)labos t(ô)nicos.
(Não) Quero votar nas próximas eleições.
(Não) Quero marcar gol quando jogar (com) bola.
(Não) Quero dizer sempre.

Quero ler, quero escrever(,) (quero) uma casa (no campo).
(Não) Quero dizer [(sim) (sempre) [e] (não) (nunca)].

{Felicidades [(eternas) e, nos vemos]}.

ps: (ps:I love you) *Parêntese s.m. ((este é sério)Do gr. parenthesis, pelo lat. tard. parenthesis.(este também é sério)) 1. Frase que forma sentido distinto e separado do sentido do período em que se intercala. [?] (este não é nem um pouco legítimo) -2. Sinais () que encerram frases dessa espécie. ((sério) Usa-se também no plural neste sentido.(sério!)) -3. Digressão.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Como acabar com os dramas!: sendo um bom ator no silêncio

Imagine o pior dos cenários:

Você perde alguém querido, ou briga com a(o) namorada(o), ou perde o emprego, ou seja lá o que for de pior, ou que te faça muito triste. Qual é a solução?
Não sei. A saída – momentânea – é se trancar no quarto e ouvir alguma música que te faça estar à vontade no teu sofrimento.

Chegamos ao ponto.

Escolhe-se a música mais adequada; e com a melodia dela, sentimo-nos tristes da forma mais cênica possível. Como se precisássemos de uma platéia que reconhecesse o quão bem sabemos sofrer. Tem de tudo: lágrimas, expressões faciais curiosíssimas, e, repare, trilha sonora!!!!

No entanto, em certo momento, percebemos que somos amadores. Quando? No momento em que a música acaba. A próxima faixa com toda certeza não traduz toda dramaticidade necessária a cena que engendramos.

Aí fica uma situação desconfortável porque somos obrigados a interromper nossa atuação – mais do que isso: nosso sofrimento – pra voltar a música que principiou. E tudo que já havíamos interpretado pede nova interpretação. O problema é que pra fazer de novo, choramos de novo, e lembramos de novo, e morremos de novo.

Até que uma hora a repetição aborrece. Até que uma hora não faz mais sentido chorar tanto, da mesma forma, pelas mesmas perdas, ou decepções, ou aporrinhamentos...

O que me leva a pensar que talvez o nosso sofrimento seja do tamanho de uma música convencional... uns três minutos e meio. O que me leva a pensar que se adequássemos nossas emoções a música clássica, sofreríamos bem mais, uma vez que são músicas longuíssimas, sem fim... O que me leva a pensar que se escutássemos músicas menores, quase não sofreríamos; a menos, é claro, que as repetíssemos mais do que o normal. O que, por fim, me leva a pensar que se não escutássemos música, não teríamos motivo para ficar tristes.

Hum... muito bom!

Felicidades eternas e, nos vemos.

sexta-feira, 30 de maio de 2008



Cada época com a sua porção de bons momentos...

Felicidades eternas e, nos vemos.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Das políticas dos próximos governos

Eis que se chega em um ponto crítico.
Examino. Aproximo-me mais do sinal preto, estanque, parado e fixado numa página em branco. As dimensões são assustadoramente legíveis. Legíveis, talvez, da lua. Aquele, uma grande esfera preta; esta, uma grande bola branca. Em volta, ou seja, ao redor, a atmosfera permanece a mesma. As pessoas, embora se reconheçam andar da direita pra esquerda, ainda movimentam-se da esquerda pra direita; isso pra não dizer daquelas que estão paradas; isso pra não falar de mim. Meu olhar é dinâmico, sinuoso, mas meus olhos são desesperados, paranóicos; e minhas pernas são paralíticas, estáticas e estatísticas.
Observo. Sabo. Olho e, finalmente, muito embora tenha demorado muito, descubro que esse ponto, sinal ou final gráfico, não seja mais encerramento de uma significação. Alguém deslocou o ponto final para o início da frase; e mais do que isso: deslocaram o ponto do papel para o meu passeio público; e aí eu fiquei assim: sabendo do que veio antes e pretendendo iniciar o depois.
Mas ainda eu não comecei anda.

Felicidades eternas e, nos vemos.

domingo, 30 de setembro de 2007

Tá na hora de escrever um grande texto!!!

A hora passou...

Felicidades eternas e, nos vemos.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

A grave greve e o grave estudante

O momento é, no mínimo, interessante. Com os decretos de início de ano do governador Serra, a comunidade universitária das universidades públicas paulistas tem vivido dias de intensa movimentação. Discussões, debates, assembléias, filmes, piquetes e as mais diversas formas de manifestação ganharam corpo e visibilidade dentro de um cotidiano que há muito tempo se caracterizava apenas por provas, aulas e pesquisa.

Na universidade de Campinas (UNICAMP), o clima de conscientização tem sido construído desde o início do semestre, com atividades na recepção dos calouros, e tentativas dos mais diversos espaços de discussão com todos os alunos de graduação e pós. Se, por muitas vezes, o que se viu – ou que não foi visto – foi a participação dos estudantes, opinando ou escutando, outras, e notadamente nas últimas semanas, a impressão que se tem é que os espaços para reflexão sobre o que está acontecendo com a educação no ensino superior estão cada vez mais lotados.

É nesse momento, portanto, que se deve colocar, talvez, as questões de mais relevância para os privilegiados estudantes de universidades públicas no país.

Justo ou não, os freqüentadores das salas de aula da USP, UNICAMP ou UNESP ganharam o direito de estudar nessas instituições quando da sua qualificação nos exames seletivos. Partindo-se dessa prerrogativa, não há dúvidas da existência de direitos e deveres desses mesmos estudantes para com o desenvolvimento do país, a partir daquilo com o que se ilustram nas instâncias da universidade brasileira. Nesse sentido, frente ao que se está considerando como o mais grave ataque à autonomia das universidades públicas desde o período de ditadura militar, é imprescindível notar o movimento de esclarecimento, ou pelo menos de “des”alienação, dos estudantes e a capacidade de mobilização e organização dos mesmos para questionar ou se posicionar de forma contundente com relação às últimas decisões – no que se refere à educação - dos estratos governamentais estadual.

Com duas reitorias invadidas, paralisações pontuadas por atividades de conscientização, e – deve-se ressaltar novamente – um número sem igual de assembléias lotadas, pode-se dizer que o movimento estudantil no Estado de São Paulo começa, mesmo que de forma pressionada, dar sinais de revitalização, após longos anos de marasmo ou desarticulação.

Quais serão os resultados ou o que será da luta atual encampada – derrubada dos decretos do governador – ainda não se pode prever. Contudo, e é importante que a sociedade de modo geral observe, os estudantes têm plena consciência do que está acontecendo com a educação nesse país, e, principalmente, do que podem fazer para impedir aquilo que trabalha de forma maquinal por uma verdadeira deseducação.

Felicidades eternas e, nos vemos.

terça-feira, 15 de maio de 2007

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Guardei o e-mail no rascunho

Primeiro que nem sabia ligar o computador. Abandonei a idéia de digitar a minha carta de amor e enviá-la por e-mail. A intenção é que fosse anônima, mas para isso deveria criar uma conta alternativa; se já me era difícil saber quais e quantos aparelhos eu deveria ligar para fazer o computador funcionar, imagina criar um 'endereço eletrônico'...
A carta parecia-me bem escrita. A letra bela, mesmo tendo a folha de fichário branco como substrato. O conteúdo era elogioso, e elogiava de forma clara, objetiva; sem apelar para um sentimentalismo caduco ou romântico. Não era extensa; talvez, penso eu, o suficiente para provocar uma leitura ansiosa, leve – furiosa, breve.
No entanto, se as dúvidas e receios não me assaltaram no momento da escrita, tomaram-me agora, à gola, sufocando-me enquanto pensava o meio mais eficaz de fazê-la chegar à mão da destinatária.
Carta impressa, fonte "Times New Roman", tamanho 12? E onde apareceriam meus traços de personalidade? Meus ex-quase-erros futuros de caligrafia, os quais retificaria forçando o bico da bic, ou aniquilando-os por completo, sob a massa opulenta do 'branquinho'?
O certo, o correto, seria uma carta escrita à mão; mas quantas das mulheres de hojes, virtuais ou/e atuais, gostariam de receber um envelopim enfeitadim, contendo um palavreado delicado, dedicado a (não) explicitar um sentimento já implícito?
E a carta, ou melhor, a declaração clássica do amor, é algo desnecessário para as mulheres nos dias de atualmente? Quando o homem pensa estar revelando o segredo do universo é porque já foi o tempo da mulher descobri-lo, gostar, desgostar e se achar voando por outros campos ou lendo cartas em outros cantos.
E a minha carta? O que ela seria na história do homem? Minha intenção é que a mocinha gostasse, apreciasse a minha quase atitude. Mas na história da humanidade, com tantos Joões, Clarices e Andrades, os meus escritos não resultariam em nada.
Não resultaram. Não a entreguei. Namorei, mas não fui namorado.

Felicidades eternas e, nos vemos.

quinta-feira, 22 de março de 2007

Sempre vou. Sempre fui. Chego contente, como pipoca, falamos sobre "a vida, o universo e tudo mais", às vezes vemos jogo, outras assistimos filme, e mais outras estudamos. Reflito muito quando saio de lá. Penso sobre a distância que terei de vencer até chegar minha casa, penso nas crianças morrendo de fome na África, nas relações que eu terminei - mesmo aquela do tio da quitanda na qual não vou mais-, e no que eu devo fazer para e no dia seguinte...

Mais o mas fantástico mesmo de se ir lá, é voltar embora! A despedida é longa, demorada, pontuada de revisões das conversas que acabamos de ter, ecos das palavras mais significativas do dicionário, às vezes lágrimas, às vezes obviedades... daí vem o beijinho de tchau, o "se cuida" e finalmente o "tchau", das formas mais variadas que se possa imaginar.

Viro as costas e começo a caminhar: um metro, dois metros, três, quatro, cinco - ela ainda está me olhando - seis, sete, oito - olho para trás desconfiado de que já me abandonou - quinze - não, ela tá lá - vinte, trinta - agora não tem mais jeito - não é mais possível vê-la apenas virando o rosto; mas eu acho que ela já entrou mesmo; não me importa...mesmo não estando ao meu lado, me acompanhou até o final!

Felicidades Eternas e, nos vemos.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Acabou a balada

Ao som de Fatboy Silm, o mundo parecia-me demais para meu pensamento de menos.Os corpos dançavam nem sei pra quê; as mocinhas chapavam nem sei pra onde, e os rapazes drogavam nem sei o que e nem sei pra onde. Poucos e pobres porcos e parcos segundos separavam 2006 de 2007:

Trutz prutz, trutz prutz

23:59:50 - “Número de civis mortos no Iraque bate recorde.” [03/01/07]

Trutz prutz, trutz prutz

23:59:51 - “Chuvas matam 28 no Rio e São Paulo.” [06/01/07]

Trutz prutz, trutz prutz

23:59:52 - – “Desastre no metrô abre cratera em São Paulo.” [13/01/07]

Trutz prutz, trutz prutz

23:59:53 - “Serra retém verba da USP, Unesp e Unicamp."” [11/02/07]

Trutz prutz, trutz prutz


23:59:54 - “Educação do país piora em 10 anos.” [08/02/07]

Trutz prutz, trutz prutz

23:59:55 - “Garota diz que teve de ficar nua em trote.”, [09/02/07]

Trutz prutz, trutz prutz

23:59:56 - “Criança é arrastada em roubo até a morte.”, [09/02/07]

Trutz prutz, trutz prutz

23:59:57 - ...
23:59:58 - ...
23:59:59 - ...

Trutz prutz, trutz prutz
Trutz Tic, prutz Tac,
Tic Trutz, prutz Tac,
Prutz Tac, Trutz Tic
Tac prutz, Tic trutz
Trutz prutz, trutz prutz


00:00:0007 – bumbum bumbum bum

Bravo provo brasileirummmmmmmm...

Feliz engodo novo e bom bacanal!

*as manchetes foram tiradas do jornal Folha de São Paulo, no período entre 01 de Janeiro e 09 de Fevereiro de 2007.

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

Depois do fim do dia


Da atmosfera mais caótica e inanimada do meu cotidiano, libertei-me para transcender o mais politicamente adequado e esperado.

Quando cheguei em casa, razoavelmente mais cedo do que costumo, vislumbrei um fim de noite muito parecido a todos os outros fins de noite que já tive na vida. Sentaria-me em frente ao computador para ler alguns e-mails, mandar outros recados e esgotar todas as poucas e pífias utilidades de trânsito virtual. Antes, porém, olhei inutilmente a despensa, procurando bolachas que eu sabia não ter. Por medo de deixar e-mails recebidos de última hora não lidos, atualizei seis vezes minha caixa de entrada, aproveitando nos intervalos entre a terceira e quinta checada, para verificar também novamente se já não havia dado tempo suficiente para uma alma bondosa e visionária me presentear com um pacote de bolachas. No final, nem e-mails, nem comida.

Quando me encaminhava para cama, deu-se a chegada de um amigo. Ele estava emocionalmente mais animado, e isso era fácil de notar pela velocidade de sua voz e a versatilidade de suas expressões – máscaras ideais para dar o tom exato das personagens que povoam seus microcontos cotidianos.

Animei-me por conta de sua disposição, deixando-me acordado e ainda sob o foco das luzes que me indicavam como um possível interlocutor para diálogos de ordem subjetivas.

No entanto, contrariando as expectativas meteriológicas para noite, as quais sempre traço antes de entrar em casa, começa uma chuva irremediavelmente adequada e aconchegante. O barulho das gotas no chão lembravam a dança que o vento proporciona para as folhas secas no outono; o clima foi embebecido por uma atmosfera molhada, ávida por novos ares; os espíritos calaram a arrogância do ser humano, libertando-o para induzir corpo e mente a uma entrega ao consciente viver e inconsciente pensar.

Meu amigo e eu entregamo-nos à chuva, deixando que a água, mais do que molhar mãos, braços, pernas, roupas e cabelos, nos remetesse a um estágio de vida fascinantemente pueril, no qual os caminhos pelos quais nosso corpo seria visto correndo fossem escolhidos mais por uma necessidade de ganhar um espaço do que por utilidade desse mesmo espaço para chegar em algum lugar. Corremos pelo concreto, rindo por aquilo que de mais abstrato poderia causar humor: a possibilidade de nos deixar envolver por algo mais, que não fosse a certeza de uma noite tranqüila: poças d´água, pulos no ar e quedas no chão.

Tratou-se de uma chuva rápida; suficiente para que reverenciássemos toda volta do e no quarteirão, com centelhas de vida e cacos da explosão de um bem-querer viver.

Felicidades eternas e, nos vemos.

terça-feira, 15 de agosto de 2006

Desconexão temporal e sem causa

Por quanto tempo durarão as felicidades eternas? Até ontem podia ser que elas terminassem no amanhã. Mas hoje eu já não tenho uma previsão exata ou um prognóstico razoável. Tentemos, então, aproveitar o tempo que talvez nos é dado como bônus numa luta pela resistência a não existência.

“Durante muito tempo eu me deitei cedo.”

Dúvidas que se colocam ainda numa primeira aula de literatura.
Quem fala essa frase? Que pessoa teria interesse em começar uma história de três mil páginas, escrevendo sobre m fato aparentemente tão banal? “E daí?” perguntaria o egoísta. “Se você deitou cedo durante muito tempo é porque não gostava das novelas da Globo. E isso já é um defeito gravíssimo pra mim. Meu horário mínimo para me recostar é após o depoimento costumeiro que aparece no final de “Páginas da vida”. E todo mundo sabe que isso é pra lá das dez. Mas depois disso, já ta bom. Uma vez ou outra, eu vejo o jog de quarta ou a ‘Grande família’ na quinta. E, mesmo nessas ocasiões, quando me vejo, já dormi. No entanto, nem é mais tão cedo assim...
Mas isso não tem nada a ver. Se eu tivesse que contar uma história de três mil páginas certamente não começaria com a afirmação de um coisa tão banal, não só para não me desagradar, mas também pra não chatear o meu público leitor. Se se deitou cedo, o problema é TEU!

“Durante muito tempo eu me deitei cedo.”

“Lá vem essa mesma história... como senhor explica o teu sono praticamente vespertino?Era maquinista de trem? Apresentava o ‘Bom dia São Paulo’ na rádio? Padeiro, responsável pelo pão da manhã? Porteiro de escola infantil? Quantos anos o senhor já tinha nessa época? Quem deita cedo é velho, hien!!!!!”

“Durante muito tempo eu me deitei cedo.”
“ o senhor deitava e dormia ou ficava na contação de carneirihos? Quando eu era adolescente, metia-me cedo na cama pra ouvir músicas adocicadas pra suspirar por garotas que, supostamente, colocavam-me como o último em que se podia pensar no mundo.
De moleque, era obrigado a deitar cedo; mãe não gostava de ver filho indo com sono pra escola no dia seguinte.”

“Durante muito tempo eu me deitei cedo”

“O sono agora não vem mais, né? São tantas preocupações. É conta, mlher, casa, patrão... quem vai dormir com tanta coisa na cabeça? O melhor mesmo é ver a novela e depois ler um bom livro...”

“Durante muito tempo eu me deitei cedo.”


“Eu nem gosto de ler. Me dá sono, e eu não gosto de trabalhar o dia inteiro, chegar em casa e logo dormir. Preciso aproveitar a família, né...”

“Durante muito tempo eu me deitei cedo.”

Boa noite.

“Durante muito tempo eu me deitei cedo”
[Primeira frase de ‘No caminho de Swan’, primeiro volume de ‘Em busca do tempo perdido de Marcel Proust]


Felicidades eternas e, nos vemos.

sexta-feira, 30 de junho de 2006

“Corredor molhado causa choque em empregada doméstica”

Não serei capaz de escrever um texto cujo o título seja o acima mencionado. Que desespero!
Não, amigo e leitor de blogs. Não insista. O título já concretizou a inexistência do texto. Se fosse qualquer outro...
Poderia escrever um conto de fadas, empregando elementos do teatro Vicentino ou da prosa Machadiana; vislumbraria história de guerras, honra, sexo, paixão e traição; construiria a personagem princesa mais princesa personagem que já se teve notícia. Os animais de tal história, antes mesmo de serem falantes seriam pensantes muito depois de serem galantes. Entretanto o título me subjugou.
Ainda se tivesse ânimo em pensar em soluções lingüísticas... Um bom trabalho de configuração de tempo e espaço, a escolha certa do tipo de narrador – talvez um que oscilasse entre a onipresença e a onisciência, e que participasse mais do que um narrador personagem... Se eu fizesse uma descrição refinada da tríade pessoas-lugares-situações... se eu apresentasse um bom conflito e articulasse de maneira hábil uma solução melhor... Talvez eu ainda pudesse salvar a história, contanto uma estória aprazível.
Por outro lado, muito no entanto do entretanto, inativo pela narrativa que o título me colocou, entrego os dados, a caneta, o papel e tudo o mais que me pedirem.
E mesmo que eu fosse audacioso, astuto, ousado, voz da opressão, megafone de sindicato, power ranger vermelho, ocupante da cadeira nº 1 da academia brasileira de Letras, atacante de frente pro gol sem goleiro, sorteado do torpedão do Faustão, Chuck Norris, Ivete Sangalo no carnaval da Bahia, estante de livros de bibliófilo, ainda que eu falasse a língua dos anjos, escolher entre os espaços que ligam o cômodo de uma casa em dia de faxina e um maratonista suado seria tarefa assaz delicada para acusar o tal corredor molhado que chocou a coitada da, já oprimida pelo social, empregada doméstica.

Felicidades eternas e, nos vemos


Agradecmentos a Dominique.

Amigos, como forma de experimentar mais na internet, estou lançando um novo endereço de blog:

http://maisumapalavra.multiply.com/

Se os interessarem, entrem!!!

quarta-feira, 14 de junho de 2006

Há certas coisas que devem ser evidenciadas:

1. um namoro é feito de conversa;
2. política é regida por relacionamentos;
3. brasileiro nunca tá satisfeito com a seleção brasileira;
4. para estudar e aprender é preciso disciplina;
5. dormir mais de oito horas é perda de tempo e de vida;
6. ler é fundamental;
7. teorizar sobre a vida, o universa e tudo mais é melhor do que estudar;
8. beijar é bom;
9. dançar é bom;
10.bolacha é melhor que salgadinho;
11.ninguém lêo jornal inteiro;
12.sair com dois amigos é melhor do que com 10;
13.escrever cartas de amor é fácil; difícil é enviá-las;
14.atualizar blog frequentemente é difícil, apesar da vontade;
15.conversar de madrugada é tudo de bom;
16.brincar faz bem pra alma;
17.amar; pro coração;
18.brigar faz parte dos bons relacionamentos;
19.???????????????????

Felicidades eternas e, nos vemos.

segunda-feira, 22 de maio de 2006

O primeiro encontro

Para melhor distribuição do perfume, sempre passo na mão para que esta faça a exata repartição entre as partes: 15% para as calças, 40% para as camisas e blusas, 40% para pescoço e orelhas e 5% para, nos tempos frios, cachecol.
Todos sabem: o banho deve ser demorado, de água morna, nem quente nem fria... Vale usar todo tipo de produto que estiver dentro do box e, no final, não se pode esquecer de um creme para toda pele e outro para todos os fios de cabelo. Não se preocupem com o nervosismo... passar perfume antes do banho é normal nessas ocasiões.
A escolha da roupa deve ser criteriosa, afinal de contas, ela deve compor com o rosto e as mãos um quadro harmonioso de cores bem balanceadas.
Meu primeiro encontro... momento crucial na vida de um homem! Definimos nele, talvez, até nossa opção sexual. Sofremos desde a escolha certa das palavras erradas para um diálogo sobre o tempo até as centenas de posições as quais nossos braços assumirão encontro estiverem sob as vistas da encontrada.
O primeiro encontro é especial porque ainda tem o pano de fundo da conquista. Entretanto é nele que perdemos o controle da situação para nos deixarmos levar pela emoção. “Será que conquistarei, já que, no mínimo, já estou conquistado? E como farei isso se de nada vale um estrategista de valor no jogo do amor, sendo que fui pulverizado por tal e qual olhar de uma deusa humana?”
O primeiro encontro tem a confortável posição de poder ser o último. Bom para nossa timidez, mal para o coração. Afinal, tornar o primeiro encontro como parte integrante de uma série de muitos é confirmar ser amado ao menos pela primeira vez, dentro de uma seqüência de vezes outras.
O primeiro encontro pode também ser a soma de vários outros: antes amigos, agora namorados; antes namorados para agora, amigos, namorados de novo; antes nada, agora amigos; antes nada, agora namorados...
Meu primeiro encontro... e o teu?

Falem, se não for constrangedor, e deixando de lado a visão induzida orkutiana, do ideal de primeiro encontro de vocês... na próxima semana, eu falo do meu...

Felicidades eternas e, nos vemos.

terça-feira, 16 de maio de 2006

Escuta o silêncio...

As pessoas andavam constantemente cansadas. O trabalho minava as energias físicas, a falta dele, as psicológicas; a violência testava os limites da tolerância; a correria fazia os relógios biológicos ficarem confusos, e os relógios emocionais, precisando de análise. A vida na Terra não queria mais infância, nem juventude, nem maturidade, nem terceira idade. Ela queria um bando de operários que, qualificados ou não, fizessem o planeta funcionar minimamente em ordem. Não importavam mais as regras de segurança no ambiente de trabalho, nem no de convívio, nem para quem aqui vivesse ou daqui se utilizasse.
Foi então que, pensando em como otimizar a relação com família, namorada, amigos e trabalho, certo sujeito, o qual chamaremos de x, resolveu encarar a sua rotina de vida. De um lado, o jovem franzino e mal-acabado, cheio de limitações e lamentações; do outro, as 168 horas semanais de labuta, estudo, superficial convívio social e pressa.
Ambos sabiam que a força não venceria o embate, mas a rotina contava com a tática do desgaste gradual. Nosso colega desgastado, x, não resistiria e, certamente, se findaria.
Apelando então para aquilo que lhe sobrava de sinapses, ele surpreendeu!
Inventou o silêncio diário e coletivo. Numa certa hora do dia, o mundo deveria calar- se. Não vozes humanas, não barulho de máquinas, não ranger de dentes ou mugir de estômagos, nem rancar de metralhadoras, nem explodir de bombas. Apenas o silêncio...
Nesses momentos, a movimentação deveria se dar dentro de cada um, e em todos. Tempo de fechar os olhos e pensar naquilo que interessasse, ou não pensar em nada. As pessoas passariam a ceder a vez de falar para o próximo, que por sua vez, passaria a vez também. O silêncio passaria à regra e o falar, á exceção. Um imenso silêncio para entender que o palavrão do qual me xingaram foi falado da boca pra fora; a guerra que começou não tem sentido coerente; a criança que está chorando não berra só de fome.
O silêncio seria útil pra eu ouvir o grito de desespero que o mundo solta. O choro por desespero: aquele que mal deixa a gente chorar, apenas dor e angústia. O silêncio seria útil pra acalmar aqueles que se dizem calmos.
X acertou na invenção.
Silenciar. Idéia genial em tempos geniosos.
Mas ninguém nem não silenciou...

Felicidades eternas e, nos vemos.

segunda-feira, 15 de maio de 2006

O que acontece com São Paulo? Hoje vou ficar em casa!

Felicidades eternas e, nos vemos.

domingo, 7 de maio de 2006

Leituras complementares

É justamente o tempo que eu não tinha que está me fazendo escrever hoje...

Copa do mundo. Coloquei-me na condição pueril novamente; resultado: estou colecionando as figurinhas para o álbum do campeonato mais importante do mundo. E quais são as minhas motivações para tal traquinagem, sendo eu um aluno de segundo ano de um curso de alto nível de uma universidade conceituada? Nostalgia e apreço por qualquer tipo de registro.
Sim. Tenho grandes necessidades de marcar, registrar, ou pelo menos rabiscar, os passos que dou nessa caminhada linear, mas não pouco subjetiva, que nós, seres humanos, temos chamado de vida. E um álbum de figurinha, apesar de praticamente já vir pronto (dependendo apenas da condição financeira pra terminá-lo), é uma forma de registro. Colocamos ali não só lugares, taças, símbolos abstratos de nacionalidades atuais, como também aqueles que provavelmente representam melhor o valor da palavra ídolo para as culturas contemporâneas. Certo ou não, alentador ou desesperador, Ronaldinho Gaúcho com seu futebol-arte implementa o sonho de muita criança por aí.
Entretanto o álbum de figurinhas da Copa do Mundo é apenas um dos quais eu coleciono. E tomem o verbo “colecionar” não no sentido de possuir elementos que apresentam entre sim uma característica comum. Eu coleciono pessoas, lugares e situações, e aí, meu amigo, as divisões, ou “álbuns”, são quase infinitas.
Pessoas boas de lugares ruins em situações estranhas, lugares bonitos sem pessoas nenhuma em situações irritantes, situações patéticas com pessoas confusas em lugares sintéticos, lugares que distanciam pessoas juntas em situações adversas... coleções.
E, com 18 anos, sinto orgulho em dizer que tenho poucas figurinhas repetidas. Estas até posso trocar. Gente com quem eu possa fazer isso é o que não falta. Aliás as pessoas sempre estão abertas à trocas de figurinhas.
Meus álbuns, entretanto, até como conseqüência da minha localização temporal/espacial social, ainda se encontram vazios. Entendo e aceito; satisfeito, porém, não me encontro, e isso garante a minha vontade de viver.
Por isso, se vocês não se importam, continuarei minhas coleções. Ajude-me, aquele que quiser. Quem tiver, por exemplo, sobrando por aí uma figurinha do mascote da copa, já faria uma pessoa muito feliz!

Um agrande braço pra vocês..

Felicidades Eternas e, nos vemos!

sábado, 14 de janeiro de 2006

O enigma da história na realidade

Harry Potter já não é mais o mesmo. O rostinho do menino vislumbrado conhecendo a escola nova é passado. Sua bombástica entrada para o mundo dos bruxos também ficou para trás. Agora todos o conhecemos, seja através do livro, seja através do filme, seja através da net, do game, ou mesmo de um primo ou amigo infeliz que tira um dia por semana para falar como adoraria de ver Rony com a Hermione. Harry e seus amigos cresceram.

Os críticos, influenciados pelo lançamento da versão cinematográfica de “O cálice de fogo”, dizem que o bruxinho agora sofre de adolescência. Eu, no entanto, prefiro tomar como verdade que o real conflito do garoto, além dos embates constantes com Voldemort, lorde das trevas, é a imprensa e esse capitalismo selvagem que teve coragem de transformá-lo em brinde da Folha de São Paulo e tema do mês do Mc lanche Feliz.

Não se pode mais sofrer em paz! O menino, ainda de luto por causa da perda de um amigo próximo, tem tido que viajar o mundo todo por conta da publicação do novo livro. Seus acessores preenchem o tempo que ele tinha para chorar com entrevistas em Fantásticos, lunáticos, gugus e com tradutores tortos que encontram dificuldade em traduzir ‘half-blood” para o Português.

Não se pode mais nem beijar em paz! Potter, adolescente das antigas que ainda sente constrangimento em convidar uma garota para sair, não teve tempo nem para se culpar de não conseguir pegar uma nipônica no seu quarto ano de escola. Os fofoqueiros de plantão já publicaram goela abaixo seu inexistente romance com a senhorita Granger. O jornal de ontem só serve mesmo pra embrulhar coco de cão. Mal sabem que Harry tem vivido um outro amor platônico, o qual ele já se deliciou e já terminou para dar prosseguimento a sua caça a Voldemort e a sua carreira musical, no terceto com Frejar e Júnior Lima.

Harry Potter já não é mais criança. Tem aproveitado seu dinheiro e suas influências, revendo o julgamento de Michael Jackson via penseira e sob o ponto de vista da vítima, e viajando para o Brasil pra ver Stones em Copacabana. Contudo, como só usa a vassoura para o quadribol e não tem idade suficiente para aparatar, foi obrigado a vir de avião!

Hoje, em Londres, ainda cansado de seus últimos compromissos e da idéia de começar o segundo ciclo de aulas do ano letivo, Harry deve estar aliviado e com “um novo ânimo ao pensar que resta um último e dourado dia de paz para aproveitar com Rony e Hemione”, antes do início das gravações de “A ordem da Fênix” e da composição de sua última saga, by J. k. Rowling...



Caros amigos, por falta de vergonha na cara para escrever uma resenha crítica sobre o sexto livro da série Harry Potter, o qual finalizei a leitura há alguns dias, deixei-me escrever um texto ficcional. Não quero, porém, que fique oculto o quanto gostei do livro, o qual só me fez ainda mais fã do bruxinho. um pouco de fantasia num mundo que assusta sempre faz bem, né!!!!!?????

Felicidades Eternas e, nos vemos.

PS: um agradecimento especial a Natalia Rampazo, que me emprestou de bm grado o livro e o lugar físico para lê-lo!!!!!!!!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2006

Apresento-me para a temporada 2006 de postagens e histórias. Adianto-lhes que novidade haverá, no entanto, não faço previsão daquilo que não tenho visão, nem vivência de antemão. Peço apenas que aqueles que sempre entram continukem entrando, e que, juntos, possamos formar uma rede, cada vez maior, de leitores deste gênero tão específico de leitura: o blog.

História musicada da minha vida

Um “MP3 player” de 256 MB é capaz de armazenar aproximadamente 60 músicas de boa qualidade. Na minha mão, um troço desse trabalha em pleno funcionamento contínuo umas três horas por dia, o que possibilita a audição de pelo menos 30 músicas. Munido de um computador, com acesso à Internet (banda larga), e um Kazaa, sinto-me apto a resgatar a trilha sonora de toda minha vida! E exatamente aí que se encontra o problema...

Foi com seis anos que, pela primeira vez, relacionei uma canção com uma paquera. Não me lembro da música, mas tenho em perfeito estado a foto da “moça” na cabeça: seu nome era Taíze, o seu cabelo, docemente encaracolado, a sua voz, agradavelmente rouca. Meu maior objetivo era tocar, ao menos uma vez na vida, aqueles cachos encantadores. Mentira; nem sabia o que era uma menina ainda.
No ginásio, fui introduzido (ou introduziram comigo) ao rock, por meio das FMs Mix, Jovem Pan e 89. Num primeiro momento, confesso que não gostei, principalmente das bandas de fora. No entanto, os ritmos das músicas configuraram-se, ao longo dos anos, como panos de fundo para o meu complexo de relações pessoais e sociais.
Não nos esqueçamos, também, da influência familiar e midiática. Nas minhas veias, correm o tocar das violas do sertão e da melodia melosa do sertanejo pop. Em certos dias, passo cantarolando Leandro e Leonardo ou filhos de Francisco ; bate no lugar do coração, também, o pandeiro e os tamborins do pagodão carioca dos anos 80, e soavam, de vez em quando, as cordas do cavaco dos quintetos juvenis do sambinha paulista da década de 90; não seria necessário falar, mas deixar oculto minha fase do axé e minhas reboladas no funk não quedaria muito sincero.

Resumo da ópera ou componentes do caso: tenho a ecleticidade musical na cabeça, no gosto e no MP3 player. E por quê falo de tudo isso?
Porque vejo no tocar das 60 músicas, as quais classifiquei como portáteis, a contação da história da minha vida. Conclusão: estou enjoado tanto das músicas como das lembranças passadas. Estas, na minha atual opinião, devem ser saboreados no máximo uma vez por ano, em momentos específicos, com companhia especial ou solidão natural. Para o MP3, o melhor mesmo é rodar os hits do momento.

Felicidades Eternas e, nos vemos.