quarta-feira, 4 de janeiro de 2006

Apresento-me para a temporada 2006 de postagens e histórias. Adianto-lhes que novidade haverá, no entanto, não faço previsão daquilo que não tenho visão, nem vivência de antemão. Peço apenas que aqueles que sempre entram continukem entrando, e que, juntos, possamos formar uma rede, cada vez maior, de leitores deste gênero tão específico de leitura: o blog.

História musicada da minha vida

Um “MP3 player” de 256 MB é capaz de armazenar aproximadamente 60 músicas de boa qualidade. Na minha mão, um troço desse trabalha em pleno funcionamento contínuo umas três horas por dia, o que possibilita a audição de pelo menos 30 músicas. Munido de um computador, com acesso à Internet (banda larga), e um Kazaa, sinto-me apto a resgatar a trilha sonora de toda minha vida! E exatamente aí que se encontra o problema...

Foi com seis anos que, pela primeira vez, relacionei uma canção com uma paquera. Não me lembro da música, mas tenho em perfeito estado a foto da “moça” na cabeça: seu nome era Taíze, o seu cabelo, docemente encaracolado, a sua voz, agradavelmente rouca. Meu maior objetivo era tocar, ao menos uma vez na vida, aqueles cachos encantadores. Mentira; nem sabia o que era uma menina ainda.
No ginásio, fui introduzido (ou introduziram comigo) ao rock, por meio das FMs Mix, Jovem Pan e 89. Num primeiro momento, confesso que não gostei, principalmente das bandas de fora. No entanto, os ritmos das músicas configuraram-se, ao longo dos anos, como panos de fundo para o meu complexo de relações pessoais e sociais.
Não nos esqueçamos, também, da influência familiar e midiática. Nas minhas veias, correm o tocar das violas do sertão e da melodia melosa do sertanejo pop. Em certos dias, passo cantarolando Leandro e Leonardo ou filhos de Francisco ; bate no lugar do coração, também, o pandeiro e os tamborins do pagodão carioca dos anos 80, e soavam, de vez em quando, as cordas do cavaco dos quintetos juvenis do sambinha paulista da década de 90; não seria necessário falar, mas deixar oculto minha fase do axé e minhas reboladas no funk não quedaria muito sincero.

Resumo da ópera ou componentes do caso: tenho a ecleticidade musical na cabeça, no gosto e no MP3 player. E por quê falo de tudo isso?
Porque vejo no tocar das 60 músicas, as quais classifiquei como portáteis, a contação da história da minha vida. Conclusão: estou enjoado tanto das músicas como das lembranças passadas. Estas, na minha atual opinião, devem ser saboreados no máximo uma vez por ano, em momentos específicos, com companhia especial ou solidão natural. Para o MP3, o melhor mesmo é rodar os hits do momento.

Felicidades Eternas e, nos vemos.

2 comentários:

Anninha disse...

O melhor hit do momento são as batidas do seu coração.
Passado ou presente, músicas antigas ou atuais: tudo é reflexo do melhor instrumento existente, e ele é você.
Quem dá o tom e o ritmo é você, e por isso a sua vida é uma dança única.
Um beijo e felicidades!

Sami S disse...

Dê um brinquedo na mão de uma criança e alguns segundos para descobrir como esse funciona. Dê mais alguns instantes e logo verá um sorriso inigualável partindo desse pequenino ser. Espere um pouco mais e logo verá esse brinquedo em um canto, jogado, aguardando ser guardado.
Meu caro irmão-amigo não me entenda mal mas, um MP3 player é um brinquedo um tanto quando chato para alguém como você, alguém que sempre sabe os ultimos lançamentos musicais e os cantarola como um sabiá, desafinado, mas um sabiá (rs.). Música é vida, como você mesmo disse em seu texto, então porque não tentarmos sempre algo novo? Não vamos viver de lembranças, deixemos de lado os beatles, alanis, u2, o que for... Vamos ligar o rádio, em qualquer estação e simplismente escutar... É assim que vivemos, acordando a cada dia, sem saber o que vamos fazer, sem saber se vai ser bom, simplismente sabemos que estamos acordados. É assim que escutaremos as músicas, ligando o rádio, sem saber o que vai ser tocado e se vai ser bom, mas vamos escutar...

Um mais que grande abraço.

FELICIADES ETERNAS.

*de um pulo no meu blog.