quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Tô insinuando...

Em 1995, minha mãe dizia:

Ish... Quando eu cheguei aqui com o seu pai, não tinha nada... nem casas direito. Com muito trabalho, construímos esse sobrado. Depois veio outro, e outro, e outro...

Compramos carros, Kombs, carros e carros. Agora olha aí ó... é outra vila já... e nem estamos no centro da cidade, hein... aposto que em 2010 não vai dar nem pra ver o céu direito, de tanto prédio que vão construir aqui... Vão fechar a nossa paisagem. Já cortaram o pé de pitanga que tinha. Agora vão subir dezenas dessas caixas de sapato! Até 2010...

Ainda em 95, com minha cabeça de menino de oito anos, eu poderia dizer - não com essas palavras:

Os carros mover-se-ão levitando, por ação de forças eletromagnéticas. Nas escolas, anotaremos em cadernetas digitais e o professor, se quiser, poderá abrir um mapa da Itália no quadro.

Os prédios, onde todos morarão, serão interligados por elevadores inteligentes. Poderei com o toque de alguns botões, chegar na casa do meu amigo Felipe, da 1ª série. Controlaremos nossas casas por relógios-cumputadores.

Em 95, com a minha cabeça de hoje, escreveria:

Será um futuro Matrix, no qual ver algum raio de sol será um momento epifânico na existência de um indivíduo. A 3ª guerra mundial não destruirá a Terra porque ela será malignamente administrada para que sobrevivamos feito ratos.

Tudo será escuro, e podre, e feio. As pessoas boas não mais quererão se mostrar com medo de se transformarem em pessoas más. Muita fome, doença, intolerância, dor...


Ao final de 2010, contudo, podemos analisar imageticamente o seguinte aspecto, de tudo que foi dito:



Vista do quintal da minha casa, Santo André.

Nos vemos.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Olá, tenho uma amiga muito especial, uma prima, na verdade, que escreve algumas coisas. Gostaria de mostrá-las para vocês... Segue:

Dúvidas do amor
Mariana dos Santos

Amor,
Doce amor,
Azedo amor,
O que é o amor?
Amor, amor...
Amor que passa,
Amor eterno,
Quanto dura o amor?
Amor de sonho,
Amor real,
O amor existe?
Essas são duvidas que ficarão sem resposta,
Duvidas eternas,
Que sempre existirão.

Nos vemos.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Listas - por que não fazê-las?

As múscias mais decisivas do ano de 2010. (Pra mim). Não na ordem.

"A day in the life", Beatles;
"Judy and the dream of horses", Belle & Sebastian;
"I fell it all", Feist;
"I hate seagulls", Kate Nash
"Noise James", Macaco Bong;
"The wold at large", Modest Mouse;
"Idioteque", Radiohead;
"The District Sleeps Alone Tonight", The postal service;
"1901", Phoenix;
"Eternal Sunshine - Peer Pressure / Elephant Parade (Piano)";

É evidente que esqueci músicas e artistas. O que fica escrito, contudo, é uma amostra bastante razoável, menos pela qualidade e mais pela representatividade.

Sugestões?

Nos vemos.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Quase confissões de adolescente ou Página de currículo

"O inimitável", Roberto Carlos 1968. Não ouvi.
Os poemas de Petrarca. Não li.
"And I love her", Beatles 1964. Ouvi.
"Crepúsculo". Li.
"A bela e a fera", brodway. Não assisti.
Show Radiohead, Brasil 2008. Assisti.
Circo da Maramaravilha. Fui.
Curso de inglês Fisk. Fiz.
"Rebolation". Dancei.
Amigos. Fiz.
Discussões. Tive.
Carta de amor. Escrevi.
"Matrix". Assisti.
Black Label. Não tomei.
Formatação de computador. Não fiz.
Aula sobre Álvares de Azevedo. Já dei.
Soneca na rodoviária. Já dormi.
Panetone. Noss... comi.
Triciclo. Tive.
Alergias. Tenho.
Mulheres. Gosto.
Homens. São simpáticos. Alguns.
Roxo. Gosto.

Experiência. Tenho. Não tenho.

Nos vemos.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Amor, amizade e morte – tudo misturado agora!


- Ele foi internado na noite de ontem. Parece que o carro em que ele estava capotou logo depois do segundo pedágio da Bandeirantes, voltando pra São Paulo...

- Mas você sabe se ela gosta de você? Ela já deu alguma pista?

- Faz um tempo que a gente não conversa, né...

- Ah... sei lá... acho que não. Mas é por isso mesmo que eu gosto dela. A beleza dela – em toda sua plenitude – existe naturalmente, sem uma razão prática.

- Faz...! Uns três meses, né...

- Isso é tempo demais dentro de uma vida!

- Mas e como ele está?

- Hahahahaha... para com esse papo, vai... Você já passou da idade de ter amores plantônicos!

- Engraçado... os amores pareciam acontecer mais quando eram apenas – não sei se “apenas” é a melhor palavra – platônicos.

- Mas hoje não funciona mais assim. Há interesse? Sim? Então pronto! Acabou! Vai lá, ficam juntos e ponto final.

- Mas acho que pra gente fica sendo uns três dias no máximo, não?

- Hahahahaha... É verdade! E aí? Comprou finalmente seu play 3?

- ... Eu sinto muitíssimo em dizer que ele faleceu, Alê...

- Mas e as cartas, as músicas, a espera, o ficar sem palavras?

- Guarde essas coisas para escrever um livro...


Nos vemos.
Modest Mouse

Ouvindo o disco This Is a Long Drive for Someone with Nothing to Think About, fiquei realmente impressionado com a sonoridade da banda americana Modest Mouse. Não que eu entenda de produção musical, mas o título do disco me pareceu bastante adequado aos 72 min. (aproximadamente) de melodias “quase” progressivas.

Destaque para as músicas finais: “Tundra/Desert”, “Exist does not exist”, “Talking shit about a pretty sunset”, “Make everyone happy/Mechanical Birds” e “Space traveling is boring”.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Aos alunos, com carinho

Que sono! Agora o banho, a escova, a pasta. O pão, o chocolate, o leite, o panetone, as migalhas desastradamente espalhadas pelo chão. O carro, as ruas, o cachorro, os semáforos, as pessoas, e o sono de novo. A vaga, a portaria, a Jaque, o Paulo, os colegas, os armários. O sinal, o giz, o corredor, as salas, a lousa, o “bom dia de chapéu”. A Literatura, os livros, os escritores, as histórias. Por fim, o grande clímax de tudo isso, dia-após-dia, surpreendetemente inéditos, (pausa) VOCÊS!

Nas últimas semanas, o Brasil parece estar bastante empenhado na luta contra a violência na cidade do Rio de Janeiro. É nosso desejo que tudo se resolva da melhor forma possível por lá. Mas... e depois? Faltará resolver ainda o problema da violência em todos as outras cidades do país, e do mundo, e o problema da saúde, da habitação, da alimentação, da cultura e tantos outros, e tantos outros, e mais outros, e ainda outros que eu nem sei.

E o problema da educação... (pausa)?
Esse eu mesmo resolvo. Todos os dias. O tempo todo. Resolvo com o Tiagão, o L.G., a Ju, o Cadu, o João e com centenas de milhares de outros românticos e utopistas como eu. Esse, seis anos atrás, eu comecei resolvendo junto com a Mi e o Lelê, o Lego, que seguirá resolvendo tantos problemas ou mais que eu.
Felizmente não precisamos de olimpíadas ou copas para que nos mexamos. Vocês, pra mim, já são suficientes. Porque o almoço com vocês é produtivo, a bienal, a peça, as conversas, o show, o humor, o choro, as aulas, o plantão também. A Literatura de vocês, pra mim, já é clássica. O carinho de vocês e a presença, às vezes, e de agora em diante, até mesmo a ausência, já são suficientes.

Vou acordar hoje de novo. E amanhã também, e depois, e depois, e depois... Vou formar seus irmãos, e seus filhos, e seus netos, e seus bisnetos. Vou seguir acordando sempre cedo, e sempre todos os dias. Vou acordar não para garantir que vocês “descasem em paz”, mas para que vocês durmam tranquilos, e também possam acordar - talvez um pouco mais tarde do que eu - com a convicção de que um dia vivamos rodeados por todos os cantos de pessoas boas, exatamente iguais aquelas pessoas para quem eu acordei em todas as minhas manhãs de quarta-feira do ano de 2010!

Queridos alunos, meninos, muito obrigado!

*texto lido em cerimônia de colação dos aluns do terceiro ano de ensino médio do Colégio Fleming - Campinas.

Nos vemos.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Aula de Redação para 6º Ano

Meninos,

a vida é algo muito complexo.
Vão dizer que você deve estudar. Mas não é só estudar.
Vão dizer que você precisa sempre pensar duas vezes antes de agir. Mas às vezes é melhor não pensar. Em outras, nem agir é preciso.
Vão dizer “Não beba”. Mas muitos vão te convidar pra beber.
Vão dizer “eu te amo”. Meses depois nem “oi” pra dizer restará.
Vão dizer “Pense”. Mas vão fazer você não pensar.
Vão fazer você trabalhar, para você também não pensar.
Eles querem que você crie narrativas. Mas ninguém para de verdade pra escutar as suas histórias.
Eles querem que você tenha amigos. Mas você raramente vai vê-los.
Eles querem que você compre... isso nem é preciso dizer, né...
Vão viver você.
Vão fazer você viver.

Nos vemos.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

A VERDADE

Depois de anos de busca, andando pelos lugares mais recônditos do mundo, ele havia encontrado, pelas mãos de um indiano aportuguesado o baú no qual se dizia repousar A VERDADE...

Não largou o baú em um só momento na viagem de volta para o Brasil. Carregou-o dentro da sua bolsa de mão.

Agora lá estava ele. No seu quarto, agora sozinho, absolutamente sozinho. Nem cadeado havia para retardar o certo momento epifânico.

Levantou a tampa e, como esperava - aliás, como havia fantasiado sua vida inteira -, A VERDADE estava escrita em uma folha de papel. Não era uma folha especificamente diferente. Nada de aparência de velha, ou feita de um material desconhecido... A VERDADE estava escrita em uma folha de sulfite.

Não prolongou mais. Pegou no papel. Leu, escrito na sua parte exterior: "Abra!".

Após desdobrar o papel, A VERDADE apareceu...:



















"Feche!"

Nos vemos.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Mudança de quarto, mudança de móveis

Se tiro uma cama, fico marcadamente sozinho.
Se coloco uma de casal ou casei ou sou safadamente solteiro.
Ponho lá uma tv e um play 3, transformo-me num anti-social.
Grudo na porta uma placa de "Não perturbe" e irremediavelmente não serei perturbado. Pode ser que eu fique lá até começar a feder.
Se compro um tapete, sou fresco.
Se deixo sem varrer, sou porco.
Colocando meus livros, sou intelectualzinho de merda. Se deixo sem, me chamam de fútil.
Se decoro com fotos dos meus amigos, sou adolescente. Se fico visualmente sozinho, sou o coração gelado.
Se organizo posições, cores e tamanhos, tenho toque. Mantendo minha anarquia, sou muleque desorganizado.
Se entro com mulher, sou machão pegador; com homem, gay; sozinho, dispensável.

Se permaneço indiferente, não mudo. Se mudo, não falo.
Ph, por que você foi mudá?

Nos vemos.

ps: Bob, boa sorte!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Carta para minha namorada da década de 50 (do século XX)

Linda,

hoje eu te vi. Você estava passeando com a sua mãe pelo Jardim Botânico. Estavam você, sua mãe, mais duas moças que eu não conhecia. Você estava tão linda. Nem me fiz reparar. Eu vinha de uma corrida atrás de um papagaio.

Quando cheguei em casa, não consegui fazer outra coisa, senão pensar em você. Esta carta foi a solução que encontrei para não pensar tanto em você à toa.

Você me acha bobo? Se eu, por acaso, usar as próximas todas linhas para enumerar as qualidades que acho em você, você se cansaria de mim? Eu não sei exatamente qual é a medida literária para demonstração do meu amor. Caso você se canse, prefira rasgar a carta a terminá-la enjoada de mim. E, se inevitavelmente você se cansar de mim, não se tranque numa torre pra sempre. Siga com seus passeios matutinos, quando a luz do dia favorece sua beleza pueril; continue olhando a lua para que a noite projete suas sombras de mulher.

Nem sei mais o que fazer sem você. Não sou dado a exageros românticos, mas também nem ligo para as afetações do meu romantismo, se o fim primeiro e último é saturar meu sentimento insaturável (existe essa palavra?) por você.

Outro dia, o professor de artes propôs que desenhássemos uma rosa. Eu tinha duas folhas. Gastei a primeira escrevendo acidentalmente seu nome 1437 vezes. Na segunda, não consegui desenhar nada até o final da aula. Voltei pra casa com uma terceira folha; a da advertência dada pelo professor. No verso dessa, finalmente consegui desenhar algo; desenhei seu rosto.

Espero que quando você de ler esta carta, fique pensando em mim por muito tempo. Melhor: perca a noção do tempo. Até de mim já me perdi, pensando em você...

Espero que possamos conversar amanhã. Não que eu tenha muito o que falar. Mas é sempre bom te ouvir.

Um beijo carinhoso, do seu namorado.



O remetente dessa carta nunca chegou a entregá-la. Na verdade, ela nunca sequer existiu. Seu primeiro registro é este, que é virtual e portanto não existe.

Mesmo se a carta tivesse existido, nunca teria sido entregue. O autor dela certamente nunca teria nem conhecido a destinatária. Seria um amor, desses platônicos, para os quais se escrevem cartas que nunca se enviam...

Nos vemos.

ps: post motivado pelo filme "A felicidade suprema" (2010), de Arnaldo Jabor.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

AGENDA DO FERIADÃO:

SÁBADO (30.10):
Micareta em Caconde! No cardápio, Chiclete, Ivete, Margarete. Participação especial.: Vitor e Leo.

DOMINGO (31.10):
Balada de Haloween em Campinas! Open Bar, DJs tops. Justifique seu voto na balada!

Segunda (01.11):
Para esfriar a cabeça, cineminha!!! Uma bela comédia romântica para aumentar as taxas diabéticas...!

Terça (02.11):
Ler, ler, ler! Dan Brown, Saga Crepúsculo, Paulo Coelho!


"Criminterrupção significa a capacidade de estacar, como por instinto, no limiar de todo pensamento perigoso. O conceito inclui a capacidade de não entender analogias, de deixar de perceber erros lógicos, de compreender mal os argumentos mais simples, caso sejam antagônicos ao Socing, e de sentir-se entediado ou incomodado por toda sequência de raciocínio capaz de enveredar por um rumo herético. Em suma, criminterrupção significa BURRICE PROTETORA".

(Fragmento do livro 1984, de George Orwell)


Não estou propondo uma intelectualização do tempo livre apenas como articulação de uma imagem de ser superior. Estou marcando a necessidade de que tenhamos os olhos abertos!

Nos vemos.

domingo, 31 de outubro de 2010

IDENTIDADE: PARTE I (dos 10 aos 20)

Futebol - Jovem Guarda - Fernanda Porto - Harry Potter - Biquini Cavadão - Titãs - Paralamas - Skank - Circuladô de Fulô - Senhor dos Anéis - Los Hermanos - 89FM Raimundos - The Calling - Hoobastank - Nintendo 64 - Santo André - Fantástico - FHC - LULA.

De modo geral, bem pouco consistente, perigosamente eclético, toscamente vencedor.

Nos vemos.

domingo, 24 de outubro de 2010

Estão todos convidados



Os alunos Colégio Renovação, Unidade Indaiatuba, promoverão na próxima quarta-feira, dia 27, a 1ª MOSTRA LITERÁRIA da cidade. As turmas organizaram intervenções artísticas partindo da leitura de obras clássicas da Literatura, como Peter Pan, Mágico de Oz, ou Alice nos país das maravilhas.

As apresentações terão início às 19h30min., e prometem surpreender a plateia num misto de deslumbramento estético e interatividade.

Embora os alunos estejam muito ansiosos, não tenho dúvidas de que será um belo espetáculo. Já está sendo...



Nos vemos.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

UMA REVOLUÇÃO

- Então é isso? Acabou?
- Por tudo que conversamos até agora, acho que sim...

Fechou a porta e saiu. Ainda foi possível ouvir a porta do elevador se abrindo. Fiquei na posição da qual havia dito as últimas palavras.

- Então é isso? Acabou?

A impressão que tinha era que se permanecesse parado, conseguiria materializar a minha raiva. Levantei-me, espalmando com força as duas mãos no sofá. Queria ser ouvido, embora não houvesse ninguém no apartamento.

Andei impaciente pela sala. Quando me convenci de que meu sofrimento não seria notado, fiquei com mais raiva ainda. Pensei em entrar no msn, para banalizar minha história na tela de algum desocupado. Desisti. Precisava de algo grande. Maior. Uma revolução!

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Liguei o aparelho de som da sala. Nem escutava a música. Queria apenas o barulho. Aumentei o volume o máximo possível. O relógio marcava 17h34min. Fui até meu quarto. Quase tropecei nos três pares de calçados largados na porta. Liguei o som de lá também.

Liguei as músicas do celular. Pluguei o mp3 em umas caixinhas de som de computador. Coloquei o pc no volume máximo. Soquei dezenas de peças de roupa na máquina de lavar. Sete bananas no liquidificador. Taquei todos os talheres no chão.

Não queria que meu sofrimento fosse sustentável.

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Comecei a gritar. Queria que minha garganta arrebentasse de dor por conta da potência do grito. Não era o suficiente...

Desci pelas escadas do prédio ligando todos os interruptores. Disparei a sirene de três andares. Na portaria, mandei o Seu José tomar no cu.

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Lá fora, ainda era dia... as buzinas dos carros faziam meu prédio parecer em completo silêncio...

A revolução fora abafada.

Nos vemos.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010



"MÚSICA P/ CORTAR OS PULSOS"

Não esperava ser recebido pelo Marcos de “Tudo que é sólido pode derreter”. Ao final da peça, percebi que havia me enganado. Não era o Marcos mesmo, nem o Victor, era o Ricardo! Também pensei ter visto a Theresa. Outro engano: sempre foi a Isabela; em alguns momentos, certamente era a Mayara. Ainda havia o Felipe. Prazer em conhecê-lo! Prazer em conhecê-los!

Sai do Sesc na noite fria do domingo absolutamente preenchido, e inspirado. “Música p/ cortar os pulsos” levou ao palco tudo aquilo que subjetivamente mais conta na vida das pessoas: música, divagações sobre sentimentos, “palavras”, “sentimentos”,” gestos” etc. Tudo construído pela honestíssima atuação de três jovens talentosos atores. Não que eu disponha de mecanismos técnicos para avaliá-los. Falo pela completa emoção que me causaram ao longo de todas as dez cenas da peça. Como disse, fui para ver a Theresa e o Marcos; acabei encontrando outras pessoas, com quem sinceramente gostaria de tomar um café para ficar fazendo perguntas aleatórias apenas pelo prazer de ouvir suas respostas.

O cenário e as luzes também me impressionaram demais. Foi delicioso ser surpreendido várias vezes pelo curioso jogo de luzes que nos remetia para os pensamentos, as sensações e as lembranças das personagens.

Ao final do espetáculo, fiquei muito contente em fazer parte de uma platéia que reconheceu a beleza do que havíamos presenciado. As palmas alongadas eram o mínimo que poderíamos dar.

SESC PINHEIROS
07 A 17 DE OUTUBRO
SITE: http://musicaparacortarospulsos.blogspot.com/


Nos vemos.

sábado, 9 de outubro de 2010

O VELHO E O MAR

Não gosto muito de livros que se pretendam uma ajuda para seres humanos emocionalmente desesperados.

Os "auto-ajuda" me perdem como leitor exatamente por conta de seu objetivo principal. Ora, se estou emotivamente me estraçalhando, deixem-me sozinho. Fiquem os livros longe de mim, e o cinema, e a música - até a música, por que não? - e principalmente as pessoas.

Hemingway, com o pescador Santiago, protagonista desta obra de 1952, parece ter caminhado conscientemente próximo do gênero auto-ajuda. Santiago, contudo, não se dirige ao leitor. Segue sua luta constante, interminável, contra o peixe de que precisava e que amava ao mesmo tempo. Os mais de 500 kg de peixe pescado não serviriam apenas como produto vendido e transformado em dinheiro, o qual poderia ser usado por três ou quatro meses. O peixe era um animal que evidenciava seus traços de humano.

Santiago não olhou para mim. Por isso, ignorou qualquer tipo de conflito pequeno-burguês que por ventura minha existência cotidiana durante a leitura pudesse conter. O pescador seguiu tentando abater o peixe, depois protegendo-o dos tubarões - ainda que sem sucesso. Não encontrei no livro qualquer vestígio de acolhimento ou mensagem. Apenas a persistência maquinalmente humana do velho Santiago.

Ainda bem. Assim posso voltar ao livro sem medo.

Nos vemos.

sábado, 2 de outubro de 2010

Eleições de Domingo

Encontrei com um senhorzinho. Tentei meu primeiro emprego na firma dele aos 14 anos. Ele negou, justificando que eu não tinha o perfil do mecatrônico. Na época, não gostei muito, mas hoje até que faz sentido, né... Ele me disse algumas palavras sábias escolhidas ao longo dos seus 71 anos de idade. Segundo ele, todos os dias à noite ele senta para estudar, ler, aprofundar-se na sua área de trabalho...

A: Por que, seu Ferrari?
S.F.: A vida é trabalho, sempre e pra sempre. Se todos os brasileiros estudassem um pouquinho todo dia, hoje, as eleições de domingo não seriam um problema. Esse país é naturalmente rico. Somos nós, os brasileiros, que o empobrecemos...
A: (pensando)...
S.F.: Quer tomar uma latinha de cerveja?

O apelido dele é Amarelinho. Ele estava conprando uns tomates para o jantar com a mãe. Às 19h, entraria na metalúrgica aqui perto de casa para trabalhar. Eu costumava jogar nintendo 64 futebol com ele.

A: 15 anos de firma, Amarelo?
Amarelinho: É... por aí. Com a crise, ela pediu concordata... mas agora parece que vai... nunca vi tanto trabalho por lá!!!
A: Será que é o Lula?
Amarelinho: Ah, é!!! Domingo é Dilma pra continuar com isso! E você?
A: (pensando) ...

Fui alugar uns filmes. Fui atendido pelo próprio dono da locadora.

Dono da locadora: Você quer algum título específico?
A: Olá! Filmes sobre 2ª guerra...
Dono da locadora: Leva esses aqui! Você já viu vídeos dos festivais no youtube?
A: Alguns...
Dono da locadora: Já viu o Geraldo Vandré? E "Roda Vida" do Chico?
A: Esses, não...
Dono da locadora: Vai lá... digita lá... "'Disparada', Jair Rodrigues", "'Cálice censurado'"... Depois você fala o que achou...
A: Beleza! E os dois filmes? Quando eu devolvo?
Dono da locadora: Vou colocar para o próximo sábado...
A: Hahaha... tá bom!

Nos vemos.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Os meninos da rua Paulo

"As duas sentinelas perfilaram-se de lança erguida. Todos os demais juntaram os calcanhares e perfilaram-se também. Ninhuém falou. O luar fez brilhar as pontas prateadas das lanças. Só os passos de Memecsek ressoavam na ponte, cada vez mais surdos, à medida que se afastava. Depois, nem isto se ouvia mais: só um patinhar, como quando alguém caminha com os sapatos cheios de água... Nemecsek desapareceu".

Nas cinco horas de ônibus entre Campinas e São José do Rio Preto, nesse último domingo, li todas as páginas deste clássico de Ferenc Molnár. Minha experiência com a leitura foi sensacional. Já há um certo tempo estava desencantado com a literatura infanto-juvenil, por achá-la muito banal.

Para as crianças e adolescentes, na minha cabeça, restavam apenas os grandes autores: Monteiro Lobato, Robert Stencenson, Mark Twain e mais alguns poucos. Toda a produção contemporânea está escrita para um público que está muito longe das crianças e adolescentes que vejo nas salas de aula. Thomas Brezina surpreendentemente ainda acha que seus livros despertam algum interesse por uma geração que lê e relê as milhares de páginas da série "Crespúsculo".

Esse descompasso não se restringe apenas à literatura. Poderíamos extrapolá-lo para as relações entre pais e filhos também...

"Os meninos da rua Paulo", contudo, parece afirmar a existência de narrativas completamente ajustadas ao imaginário caótico do mundo adolescente. Nesta instigante narrativa, dois grupos inimigos disputam a soberania de terranos baldios. No lugar de simpllificações de caracteres ou cenários infaltimente pensados, o que há, no romance de Molnár, é a elaboração de uma narrativa que preserva a ética das relações humanas, mesmo na "guerra" ou no caos de uma sociedade que prioriza o ter ao ser.

Como disse uma das mais ilustres leitoras que conheço - e que, por sinal, me indicou a leitura do livro -, sentimos um aperto extremo quando o livro encaminha-se para o final, uma vez que a estada naquela Hungria descrita na obra mantém a convicção de um mundo pautado por combinados humanamente honrados.

Não é literatura feita para crianças, como a maior parte da produção contemporânea. Nem mesmo é uma produção contemporânea, uma vez que foi publicada em 1907. Mas certamente elas - as crianças, e também os adolescentes, e também os chatos dos adultos, e todos, e rápido... - devem lê-la, com uma certeza de que não se arrependerão...

Nos vemos.

sábado, 18 de setembro de 2010

Vou escrever um livro. E o nome do livro não será “Patópolis”. Vai ser outro. Há de ter outro nome. Não vai ser um livro para criança. Vou querer lê-lo. Vou rasgá-lo quando achar que minha leitura não foi boa.

Vou escrever um livro. Não. Vou. Escrever? “Um”. Livro. De criança. Com criança. Como criança.

Vou escrever um livro. De versos prosaicos, e prosados. Um livro promovido, previsível.

Vou escrever Patópolis. Sem patos.

Vou. Não vou.

Nos vemos.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Olhai os lírios do campo

Que livro... Demorei bem pouco para me sentir completamente tragado para as reminiscências de Eugênio. Pouco também foi o tempo para achá-lo irritantemente mesquinho, pequeno, humanamente banal.

Achei Eunice um poço de futilidade. Isabel sem propósito. Cintra, um crápula. Passei as primeiras 148 páginas do livro criando um dispositivo prático para repudiar a todos esses mencionados.

É evidente que lendo sobre o pior de cada um acabei encontrando o pior de mim também... Tal descoberta não foi ma novidade. A sua afirmação, contudo, sempre é muito dolorosa...

Olívia era uma espécie de contraponto. Eu sabia que todas aquelas personagens foram feitas da materialização do mal, do desnecessário, Mesmo elas, contudo, encontrariam redenção nos diálogos com Olívia. Ao longo da narrativa, apoiava-me em Olívia para construir uma outra narrativa para minha vida. No entanto, Érico Veríssimo preferiu arrancá-la de Eugênio, e de mim, e de nós.

A irmã Isolda sentenciou:

“A Drª. Olívia morreu ao anoitecer, na santa paz do senhor. O corpo está sendo celado na capela”.

Não.....................................................................................

A segunda parte do livro ainda está para começar. Como viverei sem a Olívia? De que forma alguém tão sem importância como o Eu – gênio pode bastar para sustentar 100 páginas de narrativa?

Nos vemos.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Patópolis

Há dois meses, mais ou menos, alimentava a intenção de escrever um livro cujo título fosse Patópolis. A ideia havia nascido dos recreios e almoços que pass0, às quintas e sextas-feiras, na companhia de duas aluninhas de um sétimo ano.

Nosso livro contaria a história de uma cidade fantástica, chamada Patópolis, onde haveria, entre outras coisas, bandejas dançantes.

Na última sexta-feira, contudo, - que A Gabi e a Paulita demorem a saber -, entrando na livraria Cultura do shopping Iguatemí, em Campinas, esbarro em um livro do Marcelo Coelho, com o mesmo título em que havíamos pensado...

Aí já demais...! Não se pode nem mais ter ideias criativas... toda a criatividade do mundo já está repetida...

Acharemos um outro título. Menos criativo, mas, na medidade do possível, inédito...

Nos vemos.

domingo, 29 de agosto de 2010

No banheiro

“Duas folhas de papel não limpam de verdade a mão, né?”
“Não”. – esforçando-se por fingir um sorriso.
“Eu não consegui ficar lá fora. O ambiente, as pessoas... Ainda não estou preparado para consolar alguém. Talvez eu ainda precise ser consolado.”
“...”

Os dois permaneceram ali, no banheiro, ao lado das salas de velório. Roberto não conseguia segurar as lágrimas. Augusto não conseguia chorar. A dor era a mesma. Apenas a intensidade era diferente.

“Vai passar?”
“Não. Não vai passar”
“E aí?”
“...” – as lágrimas não desciam. Augusto queria se mostrar mais humano.
“...”
“Não sei. A única coisa que de fato acontece é que você percebe o quanto ainda não viveu.”

Um senhor entrou batendo a porta do banheiro. Dirigiu-se a uma cabine. Ouviu-se o barulho da sinta, seguido do som contínuo da urina caindo na água da privada.

“Falou.”
“Vou ficar por aqui” – disse Roberto –“, esperando secar minha mão naturalmente”.

Nos vemos.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

De verdade, obrigado!

http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=103396380

Nos vemos.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Dá muito trabalho fazer tudo certinho... não errar. Profissão, família, faculdade, banco, quarto etc. E o fim de toda retidão pode ser o início de mais uma grande reta na qual deveremos correr sem cometer erros novamente.

É muita tensão. Acho que a literatura deve entrar ai. Ela são as curvas... as desorientações, os desconsertos. Sem ela, muito provavelmente, a sensibilidade secaria. Só a Literatura - a Arte - permite que entendamos as complexidades de ser humano, do ser humano.

Falando em arte, nos próximos dias 14 e 15, no HSBC BRASIL, Adriana Calcanhoto apresentará seu segundo show para crianças. Estou bastante ansioso por isso. Embora tenha subtraído pelo menos três lugares, que poderiam ser de outras três crianças - alê bad - acho que vou conseguir sair do show com potencialidade suficiente para multiplicar as sensações que ele vai me causar...

Quando voltar, na segunda-feira, volto pra reta. Mas durante o show, não, né...



Nos vemos.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Importante!

Um grande amigo meu está em processo de tratamento de um tumor. Suas experiências, bem como dificuldades - de qualquer ordem - estão sendo descritas em um blog. A intenção é que as pessoas possam ter notícias sobre o estado de saúde dele e também um lugar onde possam buscar informações menos técnicas.

O link do blog é o que segue:

http://experienciatrocada.blogspot.com/

Nos vemos.

sábado, 24 de julho de 2010

FIM DE FÉRIAS

É oficial! Estou nos minutos de prorrogação das férias...

Ficam mais cinco boas sugestões de filmes:

- "DIAMANTE DE SANGUE" (2006), DIR.: EDWARD ZWICK
- "MATCH POINT" (2005), DIR.: WOODY ALLEN
- "MENINA DE OURO" (2004), DIR.: CLINT EASTWOOD
- "EM BUSCA DA TERRA DO NUNCA" (2004), DIR.:MARC FOSTER
- "ÚLTIMO TANGO EM PARIS" (1972), DIR.: BERNARDO BERTOLUCCI

Haveria comentários sobre cada um desses filmes, mas acho que vocês poderiam fazer isso melhor do que eu. De minha parte, encerro por aqui...

Nos vemos.

quinta-feira, 22 de julho de 2010



Já há algum tempo tenho tentado entender os efeitos da literatura em mim. Ao final da releitura desse intrigante - desculpem-me a incompetência por não achar os adjetivos mais precisos; vocês hão de convir que não é uma tarefa muito fácil para a obra de Franz Kafka - romance, talvez eu já consiga arriscar algumas descrições.

Como não deve ter sido muito difícil imaginar, na semana passada, quando assisti a "Invictus", fiquei muitíssimo emocionado. Todos os questionamentos que aquela obra me provocou foram resolvidos numa descarga excepcionalmente forte de emoção.

Mas e agora? Agora que termino a leitura de um dos livros mais importantes da história da literatura? Minha resposta, ainda que apressada e sem o devido afastamento das paixões humanas: isso que estou sentindo vai me influenciar por dias a fio, talvez por meses...

Josef K. precisava ser processado por um tribunal imaginário para ter a sua autoconsciência despertada. Seus 365 dias de processo revelaram nele e pra ele uma profundidade psicológica, provocadora de auto-constestações - que nem uma vida inteira de análise ou reconhecimento social lhe dariam.

Os quase-casos amorosos que teve ao longo da narrativa, bem como as figuras intrigantes que encontrou com o objetivo de ver o seu caso resolvido, livraram-no dos procedimentos padrões que temos para a viver a vida e colocaram na sua frente o desafio paralisador que é o mergulho no seu prórpio "Eu".

Na medida do possível, tentei manter a postura de um leitor analítico, mais preocupado com o entendimento do que com as sensações. No capítulo nono, contudo, quando K. adentra a catedral, fui tomado de assalto por uma suspensão grave.

Tornei-me Josef K., preocupado em analisar momentos estratégicos de minha vida em que busquei por soluções aparentes para meus conflitos existenciais. Não é difícil imaginar que li e reli a história contada pelo sacerdote tentando encontrar em alguma brecha do simbólico a resposta para - como diria Douglas Adams - a vida, o universo e tudo o mais... Não achei.

Estou tão sem conclusões, como ainda permanecem os manuscritos de Kafka, e, honestamente, por conta das ausências de descargas emotivas - tão comuns ao univeso do cinema - devo continuar assim por um bom tempo...

Nos vemos.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Notícias...

Alexandre: conta aqui pra gente: o que você fez nessas férias?
Alexandre: Olha... diferentemente de outras férias, nas quais eu me programava para uma viagem ou organizava várias atividades, essas eu não planejei nada. Fui como elas foram...

Alexandre: Você fez algo de especial?
Alexandre: Sim! Quase tudo foi especial! Mesmo sem os planos - evidentemente prévios -, acabei indo a dois lindíssimos casamentos de pessoas abençoadas, passei um final de semana em uma chácara incrível e fiquei largadamente na minha casa...! Acho que as férias não poderiam ter sido melhores...

Alexandre: E o que você está fazendo agora?
Alexandre: Falando com você... hahahaha... tô brincando... Ah... tô na pré-temporada para volta ao trabalho.

Alexandre: Que chato...
alexandre: Nem, não... acho ótimo. No meu caso, a volta ao trabalho coincide com a volta às aulas. Meu trabalho de preparação consiste em estar ainda mais perto do Machado, do Kafka, do Graciliano e companhia limitada...

Alexandre: Que chato...
Alexandre: É... não vou discutir com você. Cada um o seu quadrado, né...

Nos vemos.

terça-feira, 13 de julho de 2010

UP - ALTAS AVENTURAS

Eu acho que estamos numa nova era das animações. Não adianta colocar uns animais falando, algumas músicas e um vilão pseudo-assustador. As animações precisam ser tão reais quanto nós somos - pelo menos quando simulam o subjetivo humano.

Este filme faz isso, com bastante precisão!



Nos vemos.
INVICTUS

Assisti à final da copa do mundo! Não foi a final da copa do mundo de futebol, de 2010, entre Espanha e Holanda... Foi a final da copa de Rugby, entre África do Sul e Nova Zelândia, de 1995.

Talvez tenha sido entre todas as finais de todos os esportes a que eu já assisti, a melhor!

Que conste aqui o meu muito obrigado a Clint Eastwood e a toda sua equipe por cada um dos segundos das mais de duas horas de filme!



Nos vemos.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Os intocáveis



Lindo! O filme é cirurgicamente perfeito. Sean Connery oferece-nos algo que milhares não conseguiram nos dar nessa copa: uma personagem de quem gostar!

E, embora seja difícil que vocês acreditem em mim, não planejei apenas filmes de máfia. Eles estão vindo por um arranjo cósmico. Alguns filmes escolho de uma lista pessoal e todos os outros ou são referências de jornais ou revistas ou são indicações do simpático senhor que administra a locadora onde alugo.

De toda forma, caso eu venha me tornar íntimo dele, já sei o que dar de presente de aniverário...

Nos vemos.

ps: o próximo será "Os bons companheiros"... mais máfia!!!!
Os embalos de sábado à noite não animaram muito a minha quarta



Depois de rever John Travolta em Pulp Fiction, fiquei com muita vontade de vê-lo dançando de verdade. Recorri a um filme que nunca havia visto e sempre é citado como um clássico de uma geração.

O filme, contudo, depois de suas duas horas de duração, me pareceu horrível...
Perdoem-me, os entendidos, a minha vivão anacrônica. Mas mesmo com as dezenas de passo de Travolta a ausência de um bom enredo torna o filme uma verdadeira chatice...

Nos vemos.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Amaro, de resolução feita, envia o seguinte bihete ao Cônego Dias, seu cúmplice cotidiano.

"Meu caro padre-mestre. - Treme-me a mão ao escrever estas linhas. A infeliz morreu. Eu não posso, bem vê, e vou-me embora, porque, se aqui ficasse, estalava-me o coração. Sua excelentíssima irmã lá estará tratando do enterro... Eu, como compreende, não posso. Muito lhe agradeço tudo... Até um dia, se Deus quiser que nos tornemos a ver. Por mim conto ir para longe, para alguma pobre paróquia de pastores, acabar meus dias nas lágrimas, na meditação e na penitência. Console como puder a desgraçada mãe. Nunca me esquecerei do que lhe devo, enquanto tiver um sopro de vida. E adeus, que nem sei onde tenho a caebça. - Seu amigo do C. - Amaro Vieira."
"P.S." - A criança morreu também, já se enterrou".
[O crime do padre amaro, Eça de Queirós]


A TV não para de noticiar. O goleiro Bruno e o Padre Amaro acabam de ser levados à delegacia de homicídios.

Nos vemos.
Não é possível!

Acho que ninguém consteta Al Pacino. Se tivesse feito apenas a trilogia The Godfather, já estaria absolutamente garantido entre os grandes da história do cinema.

Ninguém questiona férias também.

Peguei Scarface para ver, como parte do projeto férias clássicas... No meio do fime, mais precisamente com 1h24min33s, o DVD enroscou. Não é possível!



Pior: o filme é tão bom que eu estava disposto a terminar de assisti-lo, mesmo se o jogo entre Alemanha e Espanha começasse...

Bem... esperemos eu conseguir uma outra cópia do filme...

Nos vemos.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Ninguém descobre a pólvora

Estava ouvindo hoje a cantora Kate Nash. Há um tempo, conheci o trabalho dessa cantora inglesa, recomendada por um amigo muito sensível ao som dessas novas e promissoras mocinhas do indie rock. Seu álbum de estreia, "Made of bricks", de 2007, é muito bom!

Hoje, ouvindo um outro disco, "My best friend is you", achei, de verdade, por um bom par de horas, que estava descobrindo ali músicas que talvez a crítica não tivesse dado a devida atenção. São várias boas canções que me faziam perguntar-me por que não ainda não tinha tomado essa mulher como top of mind neste início de século. E pior: achei que fosse um disco há muito lançado e mal ouvido por aí...

Numa consulta rápida, dessas usuais, de google mesmo, veio a descoberta. Estava ouvindo o novo CD dela, recentíssimo. Seu segundo, bom, grande cd. Escutemos! Não é a pólvora definitivamente...



Nos vemos.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

PULP FICTION

Tarantino.



Não termine o filme dizendo "Perdi meu tempo...!"

Nos vemos.

domingo, 4 de julho de 2010

O GRANDE TRUQUE

Não, nem... vou precisar assistir ao filme outras duas ou três vezes. Não para buscar uma compreensão mais aprofundada, mas para que eu me torne um enganado melhor. Para que os fingimentos me caiam mais naturalmente...



Nos vemos.

sábado, 3 de julho de 2010

THIS TIME FOR AFRICA



Daqui a pouco a Copa da África vai acabar. Aí, para nós, ocidentais, esqueceremos daquele - desse... deste (?) - continente. Restarão apenas "Os cus de Judas", "Hotel Ruanda" etc.

Precisamos estar focados nessa séria questão. Isso é um grave problema que estou tentando resolver... peraí... deixa eu ver os gols da Alemanha!!!!!!!

Nos vemos.