terça-feira, 14 de setembro de 2010

Olhai os lírios do campo

Que livro... Demorei bem pouco para me sentir completamente tragado para as reminiscências de Eugênio. Pouco também foi o tempo para achá-lo irritantemente mesquinho, pequeno, humanamente banal.

Achei Eunice um poço de futilidade. Isabel sem propósito. Cintra, um crápula. Passei as primeiras 148 páginas do livro criando um dispositivo prático para repudiar a todos esses mencionados.

É evidente que lendo sobre o pior de cada um acabei encontrando o pior de mim também... Tal descoberta não foi ma novidade. A sua afirmação, contudo, sempre é muito dolorosa...

Olívia era uma espécie de contraponto. Eu sabia que todas aquelas personagens foram feitas da materialização do mal, do desnecessário, Mesmo elas, contudo, encontrariam redenção nos diálogos com Olívia. Ao longo da narrativa, apoiava-me em Olívia para construir uma outra narrativa para minha vida. No entanto, Érico Veríssimo preferiu arrancá-la de Eugênio, e de mim, e de nós.

A irmã Isolda sentenciou:

“A Drª. Olívia morreu ao anoitecer, na santa paz do senhor. O corpo está sendo celado na capela”.

Não.....................................................................................

A segunda parte do livro ainda está para começar. Como viverei sem a Olívia? De que forma alguém tão sem importância como o Eu – gênio pode bastar para sustentar 100 páginas de narrativa?

Nos vemos.

2 comentários:

Leandra Marcondes disse...

Que livro você está lendo Alê?
Esta Olivia parece ser muito instigaste e que se faz necessária.
parece que tras a necessidade de conhece-la.
depois me conta sobre o livro?
beijo
até mais

Leandra Marcondes disse...

Ah!
é olhai os lirios do Campo!
ahhh!!!