terça-feira, 30 de novembro de 2010

A VERDADE

Depois de anos de busca, andando pelos lugares mais recônditos do mundo, ele havia encontrado, pelas mãos de um indiano aportuguesado o baú no qual se dizia repousar A VERDADE...

Não largou o baú em um só momento na viagem de volta para o Brasil. Carregou-o dentro da sua bolsa de mão.

Agora lá estava ele. No seu quarto, agora sozinho, absolutamente sozinho. Nem cadeado havia para retardar o certo momento epifânico.

Levantou a tampa e, como esperava - aliás, como havia fantasiado sua vida inteira -, A VERDADE estava escrita em uma folha de papel. Não era uma folha especificamente diferente. Nada de aparência de velha, ou feita de um material desconhecido... A VERDADE estava escrita em uma folha de sulfite.

Não prolongou mais. Pegou no papel. Leu, escrito na sua parte exterior: "Abra!".

Após desdobrar o papel, A VERDADE apareceu...:



















"Feche!"

Nos vemos.

Um comentário:

Leandra Marcondes disse...

A verdade existe?
Eu acho que ela é relativa...
entende?
que belo texto Alê!