quarta-feira, 5 de agosto de 2009

DIÁRIO DE LEITURA II - O APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO

BUSCA PELO LIVRO

Nem me cansei procurando o livro nas livrarias. Estava decidido a ler o exemplar de algum sebo ou, na pior das hipóteses, iria emprestá-lo em alguma biblioteca pública...

Começamos a busca – minha mãe e eu - em Santo André. Um, dois, três... nada... no sebo em que sempre acho meus livros, encontrei apenas o registro de um Salinger no sistema. No entanto, as atendentes não encontraram o livro. Outro sebo, na avenida Perimetral... decepção. Passei em frente a uma Saraiva, no comércio popular da cidade. Entrei para ver apenas o preço. Caso estivesse acessível... desisti. Lembrei um outro sebo, ali nas proximidades das ruas do centro. Perdi tempo.

Segui para São Bernardo. Lá eu não conhecia muitos sebos, mas precisava apenas de um que contivesse aquilo que eu queria. Num sábado à tarde, isso não deveria ser um Santo Graal...

Primeiro, segundo, terceiro... não estou com sorte. E o que mais me incomodava, apesar de eu saber que era uma casmurrice minha, era que os atendentes pareciam nem ligar para as minhas aflições.

- (...) O apanhador no campo de centeio?
- Não tem.
- Nenhum? – como ele sabe se nem levantou para procurar, consultar no sistema etc.
- Não.
- Obrigado...

Na última loja, já perto das quatro da tarde, entrei, perguntando pelo livro sem um pingo de esperança.

- Olá, boa tarde. Estou procurando por um livro... – não, não, não era um livro... ali no sebo deveria ser bisteca de porco ou tamiflu - O apanhador no campo de centeio?

O senhor atendente foi o mais prestativo possível. Mas eu já estava irritado e comecei a achar até a simpatia dele meio desnecessária.

- Só um momento, por favor...

Um minuto, dois, três, quatro...

- Hum...

Cinco, seis... É não tem.

- Temos. Não aqui. Na minha outra loja, tenho quase certeza que o senhor vai achar. Ela já fechou, mas fique com o nosso cartãozinho e, na segunda-feira, bem cedinho, dá uma ligadinha pra gente.

Clarozinho!

- Claro! – que saco! Na segunda? E até lá eu faço o quê? Vejo Faustão? – Ligo sim! Já pode até deixar reservado...
- 90% de que temos o livro – 10% completamente alinhados com a lei de Murphy de que não tem...
- Tudo bem então... muito obrigado! – este agradecimento foi completamente sincero, afinal, o senhor se esforçou bastante para achar o meu livro.

Na segunda, liguei. Eles de fato tinham. E, para começar bem a semana, a outra loja a qual o senhor se referiu, e onde eu deveria ir buscar o livro, eu já havia visitado no sábado...



Hora de começar a leitura!

OBS: Para aquele que não querem se entregar a cruzadas tão incertas...:



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Nos vemos.

2 comentários:

Unknown disse...

O Livro "O apanhador no Campo de Centeio" é procurado em sebos todos os dias. E em algumas escolas particulares é leitura obrigatória, muitas mães estavam correndo atras no começo desse ano.
Sem falar nas pessoas como vc que sempre estão a procura de classicos como esse. Mas, bastaria avisar a sua amiga aqui, que tem o livro em casa.

Anônimo disse...

Esta tudo?!simpatizei muito o vosso espaco!
Deem uma olhada tambemna minha pagina em http://www.fulltiltbonus50gratis.pokersemdeposito.com/ , sobre como jogar poker de cartas!
Adeus