domingo, 31 de agosto de 2014

A pergunta não é o que quero ser quando crescer. A pergunta é o que já sou!

Estive ontem na feira de profissões do Guia do Estudante, no Expo Center Norte. Foi uma visita bastante animada com a companhia agradabilíssima dos meus alunos do Colégio Renovação, de Indaiatuba, o do meu amigo, professor Natan Leite!

Entre estantes, estandes,  instantes e palestras, fui assaltado por inúmeras questões referentes à escolha da profissão. É claro que me desagradou a quantidade de pessoas, a oferta e o preço da comida, a queda de energia no final do dia, o pouco tempo de fala para os palestrantes, e, sobretudo, o bombardeio de propagandas de faculdades e universidades pagas, naquele que deveria ser uma espaço dedicado integralmente às discussões sobre a organização de um futuro profissional.

Mas houve ali, pelo menos na programação do sábado, alguns momentos realmente interessantes - daqueles a que consegui assistir! A saber:

- a fala do jornalista André Rizek, que contou seu percurso profissional, desde as salas de aula do curso de jornalismo da Puc até o momento atual, em que é apresentador do programa  "Redação Sportv", e figura chave na concepção de novos programas para emissora global.

- a presença de três estudantes muitíssimo bem colocados nos últimos exames vestibulares de verão! Foi legal porque são pessoas razoavelmente normais, que fizeram muitos sacrifícios para conseguirem 1ª colocação no ITA, Santa Casa, Usp, Unicamp, Unesp, Unifesp etc... Mudaram de cidade para estudar, passaram anos sentados em carteiras de cursinho, fizeram escolhas na organização daquilo que estudar e, principalmente, estavam absolutamente tranquilos com o fato de que não precisam começar um curso universitário aos 17, 18 anos de idade!

- a fala do filósofo Ives Alejandro Munhoz, da Uscs, na palestra "O amor para todas as coisas". Fez uma fala tipiquíssima de professor de filosofia. E, por isso mesmo, esclareceu muito mais sobre os caminhos para a escolha da profissão do que muitas orientações vocacionais das quais já participei.

Organizei algumas perguntas que julgo síntese do evento de ontem e balizadoras de uma escolha consciente:

1º O que você gosta de fazer? 

Digo pensando exatamente naquilo que você faz sem obrigação. 

2º Você gosta de trabalhar com pessoas ou com coisas? Sozinho ou em grupo?


3º Qual a estrutura material de que você precisa para fazer o que gosta? 

Isso vai ajudar a esclarecer o quanto você precisa ganhar para manter essa estrutura e conseguir investir na mesma. 



Se você conseguir responder mais ou menos e com honestidade a essas perguntas, vai chegar em possibilidades REAIS de carreira. O resto - realização, dinheiro, fama etc - será consequência do seu bom trabalho. E ainda que você não chegue a uma única carreira, não há problema algum... Ganha hoje aquele que sabe trabalhar por projetos e aquele que sabe desenvolver e executar ideias - suas ou não.

Nos vemos!

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