quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Uma insônia que faz sonhar

Já fui pra cama meio tarde; acho que às duas. Como chegasse duas e meia e eu ainda não conseguia dormir, tomado por não sei que natureza de ansiedade, resolvi acordar - ainda que não tenha dormido.

Na sala, havia uma porção-parte de uma biblioteca que não era exatamente minha. Na verdade, os livros são de uma amiga minha, em intercâmbio em Buenos Aires neste momento.

Na tarde do dia anterior, havia visto, de relance, entre aqueles vários títulos de literatura, sociologia, política e variados - nem me perguntem sobre estes "variados" - um livro: "Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres". Naquelas alturas da madrugada, não fiz escala em nenhum lugar da casa, fui direto ao livro. Por quê? Pura curiosidade... Já estava bastante impressionado por um episódio, de um seriado da TV Cultura, cujo tema central partia do enredo do livro.



Agora ali, sem sono, completamente refém da vontade de tomar um livro, o livro, nas mãos, comecei a leitura. Não pensei sobre os compromissos do dia seguinte, hoje, nem sobre as leituras que me eram prioritárias. Mergulhei.

E tal qual a Thereza, do seriado, encantei-me pela personagem central da trama, a Lóri, do livro, e também pela Thereza, do seriado, e pelas descobertas da Lóri, do livro, pelas descobertas da Thereza, do seriado, e pelas minhas próprias sensações, de mim, da vida real, na madrugada, lendo, sem a preocupação sobre o tempo,.



Agora, revendo o episódio, do seriado, e pensando nas sensações, no momento da leitura, do livro, peguei-me completamente, de novo, encantado.

Nos vemos.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

DIÁRIO DE LEITURA II: O APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO

O ORIGINAL, A TRADUÇÃO

Neste semestre que insiste em não começar, o Prof. Dr. Eric Mitchell, do departamento de teoria literária da UNICAMP, dedicará um tempo do curso que oferecerá para estudar a obra de Salinger.

Veja a ementa do curso:

TL509-A - Tópico em Literatura em Língua Inglesa
Teoria Literária - Diurno - 2o semestre de 2009

Descrição: Ao longo do semestre, pretendo examinar obras lidas principalmente por adolescentes americanos do sexo masculino na segunda metade do século 20.

NOTA BENE: A carga de leitura é alta, mas não será difícil se sua leitura em língua inglesa for fluente: um livro a cada duas semanas. A avaliação depende do ensaio que o aluno escreverá sobre cada obra. É vedada a leitura de traduções, que será vista como equivalente a uma cola. (Aliás, é interessante que os alunos que pretendem matricular-se na disciplina comecem a ler os romances durante as férias.)

Programa:

07 de agosto: Introdução

14 e 21 de agosto: Catcher in the Rye


A tradução que tenho em mãos veio a público em 1963, e de responsabilidade de três ex-diplomatas: Álvaro Alencar, Antônio ROcha e Jório Dauster. O professor Eric, contudo, não ficaria nada feliz em saber do meu livro. Tudo bem... não farei este curso. Mas fica o alerta: o mais cedo possível, deveria procurar pelo The catcher in the rye até para comparar com o meu O apanhador...

Nos vemos.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

DIÁRIO DE LEITURA II - O APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO

BUSCA PELO LIVRO

Nem me cansei procurando o livro nas livrarias. Estava decidido a ler o exemplar de algum sebo ou, na pior das hipóteses, iria emprestá-lo em alguma biblioteca pública...

Começamos a busca – minha mãe e eu - em Santo André. Um, dois, três... nada... no sebo em que sempre acho meus livros, encontrei apenas o registro de um Salinger no sistema. No entanto, as atendentes não encontraram o livro. Outro sebo, na avenida Perimetral... decepção. Passei em frente a uma Saraiva, no comércio popular da cidade. Entrei para ver apenas o preço. Caso estivesse acessível... desisti. Lembrei um outro sebo, ali nas proximidades das ruas do centro. Perdi tempo.

Segui para São Bernardo. Lá eu não conhecia muitos sebos, mas precisava apenas de um que contivesse aquilo que eu queria. Num sábado à tarde, isso não deveria ser um Santo Graal...

Primeiro, segundo, terceiro... não estou com sorte. E o que mais me incomodava, apesar de eu saber que era uma casmurrice minha, era que os atendentes pareciam nem ligar para as minhas aflições.

- (...) O apanhador no campo de centeio?
- Não tem.
- Nenhum? – como ele sabe se nem levantou para procurar, consultar no sistema etc.
- Não.
- Obrigado...

Na última loja, já perto das quatro da tarde, entrei, perguntando pelo livro sem um pingo de esperança.

- Olá, boa tarde. Estou procurando por um livro... – não, não, não era um livro... ali no sebo deveria ser bisteca de porco ou tamiflu - O apanhador no campo de centeio?

O senhor atendente foi o mais prestativo possível. Mas eu já estava irritado e comecei a achar até a simpatia dele meio desnecessária.

- Só um momento, por favor...

Um minuto, dois, três, quatro...

- Hum...

Cinco, seis... É não tem.

- Temos. Não aqui. Na minha outra loja, tenho quase certeza que o senhor vai achar. Ela já fechou, mas fique com o nosso cartãozinho e, na segunda-feira, bem cedinho, dá uma ligadinha pra gente.

Clarozinho!

- Claro! – que saco! Na segunda? E até lá eu faço o quê? Vejo Faustão? – Ligo sim! Já pode até deixar reservado...
- 90% de que temos o livro – 10% completamente alinhados com a lei de Murphy de que não tem...
- Tudo bem então... muito obrigado! – este agradecimento foi completamente sincero, afinal, o senhor se esforçou bastante para achar o meu livro.

Na segunda, liguei. Eles de fato tinham. E, para começar bem a semana, a outra loja a qual o senhor se referiu, e onde eu deveria ir buscar o livro, eu já havia visitado no sábado...



Hora de começar a leitura!

OBS: Para aquele que não querem se entregar a cruzadas tão incertas...:



http://www.4shared.com/

Nos vemos.

terça-feira, 14 de julho de 2009

domingo, 12 de julho de 2009

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Literatura policial nas férias

Talvez eu tenha sido um tanto simplista no título do post. Não se trata apenas de literatura policial, mas sim de a literatura policial. Terminei há pouco a leitura de O cão dos Baskerville, de Conan Doyle. Não posso esconder algumas frustrações quanto ao ritmo da narrativa, mas em geral, fazendo um balanço dos aspectos negativos e dos positivos, minha conclusão é de que se trata de um texto muitíssimo bom, eficiente no gênero e nas expectativas no qual se origina!

Vejam esse trecho:

Havia um patear fraco, vivo e contínuo vindo de alguma parte no
âmago da barreira que se arrastava. A nuvem estava a quarenta metros de
onde estávamos, e nós olhamos fixamente para ela, todos três, incertos do
horror que estava prestes a irromper do meio dela. Eu estava junto ao
cotovelo de Holmes, e olhei por um instante para o seu rosto. Ele estava
pálido e exultante, com os olhos brilhando vivamente ao luar. Mas de
repente eles se fixaram em frente num olhar rígido e fixo, e seus lábios
partiram-se, estupefatos. No mesmo instante Lestrade soltou um grito de
terror e lançou-se de bruços no chão. Eu saltei de pé, com minha mão
inerte agarrada à pistola, minha mente paralisada pela aparição horrível que
havia saltado sobre nós das sombras da cerração. Era um cão, um cão
enorme, negro como o carvão, mas não um cão que olhos mortais jamais
tivessem visto. Jorrava fogo de sua boca, seus olhos brilhavam, seu
focinho, pêlos do pescoço e papada estavam delineados em chamas
bruxuleantes. Nunca no sonho delirante de um cérebro em desordem podia
ser concebido nada mais selvagem, mais aterrador, mais infernal do que o
vulto escuro e a aparência selvagem que irrompeu sobre nós do muro de
cerração.


Não esqueçamos também do filme de Sherlock Holmes, previsto para estrear em janeiro do próximo ano Brasil!

http://www.youtube.com/watch?v=QUQbmFAE5WI

Nos vemos.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

A sensibilidade dos capitães



Terminei minha segunda leitura de Jorge Amado. O saldo final é positivo. O escritor consegue colorir com bastante sensibilidade a vida dos meninos de rua da Bahia - com toda certeza, não só da Bahia. Acho que alguns dos juízos críticos que fazem a respeito de sua obra hiperbolizam os defeitos da narrativa - a oralidade como desculpa para o descuido gramatical, como afirma Bosi, por exemplo -, colocando em segundo, terceiro, quarto planos os aspectos positivos da leitura do escritor baiano.

Leiam um trechinho do livro "Capitães da areia":

Volta Seca e o Sem-Pernas nunca haviam acolhido uma com tanto entusiasmo. Eles muitas vezes já tinham visto um carrossel mas quase sempre ouviam de longe, cercado de mistério, cavalgadas seus rápidos ginetes por meninos ricos e choraminguentos. O Se Pernas já tinha mesmo certo dia em que penetrou num Parque de Diversões armado no Passeio Público chegado a comprar entrada para um, mas o guarda o expulsou do recinto porque ele estava vestido de farrapos. Depois o bilheteiro não quis lhe devolver o bilhete da entrada, o que fez com que o Sem-Pernas metesse as mãos na gaveta da bilheteria, que estava aberta, abafasse o troco, e tivesse que desaparecer do Passeio Público de uma maneira muito rápida, enquanto em todo o Parque se ouviam os gritos de: Ladrão!, ladrão! Houve uma tremenda confusão, enquanto o Sem-Pernas descia muito calmamente a Gamboa de Cima, levando nos bolsos pelo menos cinco vezes o que tinha pago pela entrada. Mas o Sem-Pernas preferiria, sem dúvida, ter rodado no carrossel, montado naquele fantástico cavalo de cabeça de dragão, que era sem dúvida a coisa mais estranha e tentadora na maravilha que era o carrossel para os seus olhos. Criou ainda mais ódio aos guardas e maior amor aos carrosséis distantes. E agora, de repente, vinha um homem que pagava cerveja e fazia o milagre de o chamar para viver uns dias junto a um verdadeiro carrossel, movendo com ele, montando nos seus cavalos, vendo de perto rodarem as luzes de todas as cores. E para o Sem-Pernas, Nhozinho França não era o bêbado que estava em sua frente na pobre mesa da Porta do Mar. Para seus olhos era um ser extraordinário, algo como Deus, para quem rezava Pirulito, algo como Xangô, que era o santo de João Grande e do Querido-de-Deus. Porque nem o padre José Pedro e nem mesmo a mãe-de-santo Don’Aninha seriam capazes de realizar aquele milagre. Nas noites da Bahia, numa praça de Itapagipe, as luzes do carrossel girariam loucamente movimentadas pelo Sem-Pernas.Era como num
sonho, sonho muito diverso dos que o Sem-Pernas costumava ter nas suas noites angustiosas. E pela primeira vez seus olhos sentiram-se úmidos de lágrimas que não eram causadas pela dor ou pela raiva. E seus olhos úmidos miravam Nhozinho França como a um ídolo. Por ele até a garganta de um homem o Sem-Pernas abriria com a navalha que traz entre a calça e o velho colete preto que lhe serve de paletó.


Nessa narrativa, os meninos de rua apelidados de Capitães da areia, ganham a oportunidade de trabalhar por alguns poucos dias para o funcionamento de um velho carrossel. Volta Seca e Sem-Pernas desfazem-se de sua auto-proteção contra o mundo real para se entregarem às fantasias e hipnotismos suscitados pelas voltas do carrossel e seu conjunto de luzes. Trata-se da releitura do mundo em que vivem e, embora esta releitura se dê sob parâmetros da vida miserável que levam, há espaço para manifestação de uma sensibilidade em latência.

Não devemos cair nos reducionismos que o próprio narrador da história sugere, dizendo que os capitães são meninos com vida de homens feitos; existe no texto uma atmosfera para a própria contestação da sensibilidade humana, na sua forma universal.

Ainda tenho algumas questões mal resolvidas sobre a leitura, mas acho que posso saná-las em outros espaços, deixando vocês à vontade para uma navegação mais tranquila... para aqueles que se animarem, boa leitura!

Nos vemos.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Dos políticos



Neste lugar será erguido - escrito, na verdade - um post sobre "Minority Report" em menos de uma semana!

Nos vemos

quarta-feira, 6 de maio de 2009

O filme do banal:

... e eles terminaram felizes para sempre!

O mundo real ideal:

- Eu consigo te ouvir!
- Eu consigo te ouvir também!

Nos vemos.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Quando o humano já não é mais suficiente...



[http://www.nextplan.com.br/page_1178288337765.html - não havia o crédito da foto]

Não sei se nós, seres humanos, somos de fato suficientes para nós mesmos. Quer dizer, nada que a ficção científica já tenho tratado, mas justamente por isso fico me perguntando algumas questões:

1. O quanto de humano há em mim?

2. O quanto precisaria haver para que eu me sentisse plenamente satisfeito com a minha condição?

3. É possível a existência de formas de consciência mais humanas do que a nossa?

Há semanas não consigo me livrar dessas questões. Tenho tetando dividi-las com outras pessoas, mas algumas delas - das questões e das pessoas - me trazem outras questões similares.

Para este universo virtual, segue um fragmento de um conto de Lester del Rey, publicado em 1944. Nele encontramos o que para ou autor seria a primeira centelha humana na fala de um robô: a capacidade de sonhar.

Se por um lado é bonito constatar o que hoje já podemos fazer sem dificuldades, é triste saber que essa capacidade - quer dizer, a ausência dela - pode ser o nosso desaparecimento e, consequentemente, o estabelecimento de uma nova raça que também consiga tornar concreto o que apenas são imagens oníricas.

Dois pontos

(...)

- Aqui podia ter existido uma cidade, mestre, comparável a todas que foram planejadas até hoje. E as pessoas que acompanharam o senhor, nela encontrariam tudo o que seria preciso para passar bem a vida, um porto para outros continentes, um rio para o interior deste aqui, e o terreiro ao lado de lá dos morros para servir de base aos foguetes que se lançariam a explorar novos mundos, disseminados com tanta largueza em torno deste sol e provavelmente parecidos com este. Imagine uma ponte imaculadamente branca ali naquela altura do rio, as residências se estendendo entre os morros, fábricas do lado de lá da curva, um grande parque naquela ilha.

- Uma praça pública ali adiante, colégios e universidades agrupados por perto – Jorgen conseguiu imaginar tudo e por um instante seus olhos se iluminaram, visualizando a magnífica cidade pioneira.

(...)

[Rey, Lester del. Mesmo que os sonhadores morram.]


Nos vemos.

domingo, 26 de abril de 2009



Refugo de posts (do Blog da Cultura):

A subversão do gênero!

http://planetadisney.blogspot.com/2009/03/princesas-disney-ganham-visual-de.html

domingo, 19 de abril de 2009

"Amigos secretos"

A impressão que se tem quando chegamos ao fim da leitura do livro de Ana Maria Machado é de que fizemos parte de uma grande homenagem aos grandes deuses da universalidade humana. Não que seus personagens sejam de fato deuses, ou que nós sejamos os autores de livro. As palavras da Ana, contudo, conseguem redesenhar com uma sensibilidade tocante pessoas maravilhosas, como Emília, Tom Sawer, Dom Quixote e outros.

Seu livro também me parece um grande portal para universos infindáveis, aos quais temos livre acesso e trânsito!

Crédito também para as ilustrações de Laurent Cardon por não se furtar da tarefa de compor um pouco mais de sentido com Ana Maria Machado!

Livrasso!

Nos vemos.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Manual de sobrevivência

1. Pare tudo o que você faz; nada é mais prioritário do que isso.

2. Lave as mãos;

3. Esteja com os olhos bem abertos;

4. Concentre-se;

(momento final:)

5. Abra e leia um livro!

Nos vemos.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Intervalo (teórico)

Estou começando a entender o que é a Teoria. Ela é um ser, uma sensação, um bichão que, de repente, pega! Morde, rasga, submete... a Teoria evidencia a minha burrice; cobre o meu corpo de lama, enquanto ela desagua em sais de banho. A Teoria entende daquilo que eu mais gosto - mais do que eu!

A Teoria - a intocada - me mantem vivo, pensante. Ela não me humilha, me agrada. Trata-me bem; indica meus caminhos, limpa minhas vias...

Vou desligar o computador para admirá-la, enquanto ela me bate!

Nos vemos.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

DIÁRIO DE LEITURA IIO APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO

O LIVRO

Este livro sempre me intrigou... No meu 2º colegial, quando o Orkut já era uma espécie de órgão virtual que definia se uma pessoa era ou não, entrei no profile – porque antes era assim que se falava - daquele que pra mim era um dos intelectuais da sala: Guilherme Monteiro. Por que ele era o intelectual? Ora... toda semana via um livro diferente na carteira dele quando saia para o intervalo. Se ele lia ou não, isso era outra história... O fato é que a simples presença de livros diferentes em curtos espaços de tempo já impressionavam a minha inexperiência como leitor de qualquer coisa.

Na seção livros, constava uma infinidade de nomes... mais uma evidência de que ele realmente já era um intelectual... se eu fosse escrever algo nessa seção, certamente seriam três ou quatro nome de livros, incluindo aí talvez os Harry Potter ou Senhor dos Anéis. O Gui não... ele colocava nome de escritores, e com isso eu já pressupunha não a leitura de um livro, mas de vários, uma vez que cada nome representava pra mim um universo que eu estava ainda muito longe de explorar...

Shakespeare, Nietzsche, Clarice, Drummond, Cervantes, Dante, Maquiavel, fulano, ciclano etc.

Entre todos esses nomes, em primeiro lugar, na frente dos escritores que eu conhecia e também dos que eu desconhecia, figurava um, inédito, enigmático: J.D. SALINGER. Seu livro? O apanhador no campo de centeio...

Parado, em frente à tela do computador, ainda sem a Wikipédia, fiquei ali... imaginando nos sete ou oito segundos as imagens que esse título evocavam.

Uma noite já bem estabelecida, duas ou três da manhã, brilhava imponente uma lua cheiíssima. Tratava-se de uma clareira, no meio de uma floresta de mato alto. A luz do satélite refletia nas águas de uma lagoa razoável... feito um cenário de filme...

Terminavam aí as imagens que o título me provocavam. Anos após esse dia, ainda sem a leitura do Salinger, encontro-me aqui, agora de novo em frente ao computador, mas com O apanhador... do lado, esperando ansioso pela minha leitura...
DIÁRIO DE LEITURA IIO APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO

O LIVRO



Este livro sempre me intrigou... No meu 2º colegial, quando o Orkut já era uma espécie de órgão virtual que definia se uma pessoa era ou não, entrei no profile – porque antes era assim que se falava - daquele que pra mim era um dos intelectuais da sala: Guilherme Monteiro. Por que ele era o intelectual? Ora... toda semana via um livro diferente na carteira dele quando saia para o intervalo. Se ele lia ou não, isso era outra história... O fato é que a simples presença de livros diferentes em curtos espaços de tempo já impressionavam a minha inexperiência como leitor de qualquer coisa.

Na seção livros, constava uma infinidade de nomes... mais uma evidência de que ele realmente já era um intelectual... se eu fosse escrever algo nessa seção, certamente seriam três ou quatro nome de livros, incluindo aí talvez os Harry Potter ou Senhor dos Anéis. O Gui não... ele colocava nome de escritores, e com isso eu já pressupunha não a leitura de um livro, mas de vários, uma vez que cada nome representava pra mim um universo que eu estava ainda muito longe de explorar...

Shakespeare, Nietzsche, Clarice, Drummond, Cervantes, Dante, Maquiavel, fulano, ciclano etc.

Entre todos esses nomes, em primeiro lugar, na frente dos escritores que eu conhecia e também dos que eu desconhecia, figurava um, inédito, enigmático: J.D. SALINGER. Seu livro? O apanhador no campo de centeio...

Parado, em frente à tela do computador, ainda sem a Wikipédia, fiquei ali... imaginando nos sete ou oito segundos as imagens que esse título evocavam.

Uma noite já bem estabelecida, duas ou três da manhã, brilhava imponente uma lua cheiíssima. Tratava-se de uma clareira, no meio de uma floresta de mato alto. A luz do satélite refletia nas águas de uma lagoa razoável... feito um cenário de filme...

Terminavam aí as imagens que o título me provocavam. Anos após esse dia, ainda sem a leitura do Salinger, encontro-me aqui, agora de novo em frente ao computador, mas com O apanhador... ao lado, esperando ansioso pela minha leitura...

sábado, 4 de abril de 2009

Colomba Pascal não é panetone!

Não adianta. Os postos Ipiranga há dois Natais ofertam a seus clientes panetones Bauduco, no abastecimento acima de 20,00. Este ano, por conta de algum marketeiro irracional, enquadraram a colomba pascal no mesmo tipo de promoção.

Gostaria de deixar claro que isto é resultado de uma mente desarticulada que não tem capacidade de estabeler critérios minimamente razoáveis para a organização do mundo em categorias.

Panetone não pode ser comparável a nenhum outro gênero alimentício, sobretudo àqueles que tentam se passar acintosamente por ele.

Talvez se os postos Ipiranga quisessem criar uma promoção semelhante a que se faz nos tempos natalinos, o ideal mesmo fosse a disponibilização para seus clientes de um cristal da sabedoria suprema.

Francamente....

Nos vemos.

quinta-feira, 26 de março de 2009

...

ka 15 all pa ka no pa lu le ex sub hi fa th ev op in th bo
lçjnfjndojkgkndkngjndfgljkglknglkngklngdfklnkngfkgnfkgnnfk




22.03.09, Chácara Jockei, São Paulo.




...


...

...

PS: Por uma questão de coerência, não encerrarei mais os textos com "felicidades eternas e, nos vemos". Não é mais isso que desejo para ninguém. Agora acho que a "felicidade eterna" pode ser algo bem chato...

Nos vemos.

domingo, 15 de março de 2009

Por ocasião

Por ocasião da minissérie Capitu, a rede Glogo lanço um projeto chamado Mil Casmurros. Trata-se da leitura, na íntegra, da belíssima obra de Machado por conhecidíssimos e desconhecidos.

Se você possuir uma boa conexão, e quiser dividir com outras pessoas a sua leitura silenciosa, vá em frente:

http://www.milcasmurros.com.br/

Felicidades eternas e, nos vemos.