quarta-feira, 23 de novembro de 2005


Vestibulei! Agora, tô estudando...

"Como é a prova? Unicamp

- ela tem 12 questões dissertativas, duas de cada disciplina (matemática, física, química, história, geografia, biologia)
- uma redação
- a prova vale 120 pontos: 60 da redação e 60 das questões"

"Fuvest

Um vestibular mais interdisciplinar, mais enxuto e mais palatável é o que o candidato deve encontrar no processo seletivo deste ano da Fuvest. A afirmação é da diretora-executiva da fundação, Maria Thereza Fraga Rocco. ( Folha de São Paulo, 22/11/2005)"

Caminhava tranqüilo pelas calçadas do meu bairro. O final da manhã de domingo, dia este ensolarado, evidenciava o bater de folhas nas árvores, a caminhada dos aposentados, o final de expediente de quitandas e mercearias e lanchonetes.
Quando cheguei na escola, percebi-me ainda muito adiantado. A procura por um rosto conhecido, pois, foi inevitável. No entanto, esta só veio terminar muito tempo depois quando ao me chatear com o calor demasiado, fui obrigado a procurar abrigo nas sombras das árvores.
Gente atrasada fazendo gritaria na frente da escola, 12 questões dissertativas e uma redação cuja forma, carta, dissertação ou narração, ainda deveria optar. Naquele momento, incrível foi pensar que deveria resumir os esforços de três anos em quatro horas. Mas assim o fiz; e confesso que, para mim, frente a um caminho tão lastimoso de provas e mais provas, não poderia ter havido início melhor.
Depois vieram as Fuvests, as Vunesps, segundas fases, terças-feiras e esperas angustiadas, nas quais nem me considerava um secundarista, nem um vestibulando, nem um universitário. Perdi minha identidade para compor-me depois.
Maldito seja o vestibular, porta pequena pra casa grande, ingresso ridículo para um espetáculo grandioso. Das coisas que usei na prova, sobraram-me apenas memórias dispersas e fórmulas esparsas.
E hoje, um ano depois do meu processo seletivo, vejo tudo se iniciar novamente, entretanto agora me encontro na posição de expectador. [tom jocoso] “disserte sobre meios de transporte”. “Mas será que não seria melhor eu escrever o quanto detesto exercícios mínimos e complementares, a leitura dos intocáveis e a vestibulização de Guimarães Rosa?”.

Para os meus amigos que prestarão Fuvest no próximo domingo, muito boa sorte! Não fui capaz de derrotá-la ano passado, e às vezes me lastimo por isso. Mas quem se importa com isso hoje?
Tomem-se como senhores da prova e façam transbordar todo o conhecimento que acumularam. Prova nenhuma no mundo atreveria-se a não se curvar à segurança de um conteúdo sólido tão bem adquirido, a formação para a vida inteira!

Felicidades Eternas e, nos vemos.

3 comentários:

Anônimo disse...

eu ja imaginava q vc fosse descrever sobre isso... bom, meu vestibular ja esta num passado remoto... minha mais recente prova de fogo foi a seleção para o mestrado... esta sim, independeu de provas, baseando-se apenas nas referencias de minha produtividade academica (bem humilde é verdade, mas de grande valia p a escola q veio ame aceitar: FEQ-UNICAMP)... sinto-me orgulho hj, nao so pela minha vida academica, mas pelos amigos, aprendizado extra-classe, dores e alegrias q a vida me presenteia nessa atividade q hj é meu meio de sustento (por vezes, ingrato, é verdade)... mas so tenho a agradecer pq, se nem tudo foi extamente como eu desejava, ao menos nada deu errado ate hj!!! boa sorte em sua nova (e em cte mudança) realidade, dentro e fora da unicamp...
grande abraço, amigo!!!!!

Anônimo disse...

Concordo com vc Alê!
O vestibular é uma tortura muito da boa que invetaram.
Jah vi muita gente sofrer por causa disso...
Este ano, vc sabe.. eu estou sofrendu mais ainda. Nao pq vou prestar vestibular, mas pq o vestibular pode decidir a minha vida amorosa inteira!!
A gente se sente controlado, o vestibular possui um poder muito grande...
Eh complicado isso...
mas eh a vida... A gente tem que lutar sempre, até mesmo contra esse mostro de papel que surge nos finais de ano.
Bjus

Anônimo disse...

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